Embora as chuvas ainda estejam acontecendo e causando alagamentos, a Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri) avalia preliminarmente os impactos na agricultura e pecuária. Ainda não existem números disponíveis, mas técnicos apuraram que as culturas de trigo, cebola, alho, arroz, maçã, hortaliças e o transporte de leite estão sendo afetados pelas enchentes.

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De acordo com o analista de Socioeconomia da Epagri, Haroldo Tavares Elias, a empresa ainda não tem apuração quantitativa de perdas, percentuais, mas recebeu informações de que em alguns municípios essas culturas foram ou estão sendo impactadas pelo excesso de chuvas.

— O trigo é mais sensível nessa época. No Extremo-Oeste do Estado já começou a colheita. As lavouras tiveram uma produtividade boa. No entanto, com as chuvas, algumas lavouras estão sendo atingidas porque a chuva afeta a qualidade. No Meio-Oeste, como em Curitibanos, tivemos informações de acamamento (queda das plantas), o que resulta em prejuízos — explica Haroldo Elias.

Lavouras de alho também foram afetadas no Meio-Oeste. Santa Catarina é um dos maiores produtores nacionais e o excesso de chuvas prejudica a colheita. O mesmo ocorre com a cebola, da qual Santa Catarina é líder nacional em produção (dados de 2022). Essas colheitas acontecem a partir de novembro e, com chuvas, sofrem com doenças, principalmente incidência de fungos.  

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A fruticultura também está entre os setores prejudicados, segundo a Epagri. Os pomares de maçãs estão na fase de floração, e a chuva prejudica o trabalho de polinização feito pelas abelhas.

Arroz, hortaliças e leite

Na região mais próxima do Litoral, as chuvas impactam o plantio de arroz e também o preparo da terra. Em algumas regiões do Planalto o cereal já está plantado. No momento, o arroz está no final do plantio e início da fase vegetativa. É uma cultura que aguenta até dois dias de inundação, observa o analista da Epagri.

Na Grande Florianópolis, a preocupação é com as hortaliças de folhas verdes. Elas foram danificadas por granizo. Isso pode se refletir em menor oferta em alguns dias e alta de preços ao consumidor.

Segundo Haroldo Elias, em todo o Estado há prejuízos na produção de leite. Isso porque onde as águas destruíram ou invadiram estradas, não foi possível chegar para fazer a coleta conforme a necessidade.

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A Epagri conta com um sistema de monitoramento de perdas agrícolas, que recebe informações de extensionistas de todo o Estado, conforme são apuradas. Segundo a assessoria da instituição, esse sistema será abastecido com as perdas causadas pelas enchentes à medida que forem contabilizadas.

Veja fotos dos estragos na produção agrícola:

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