A CGT Eletrosul, empresa sediada em Florianópolis que resultou da fusão da Eletrosul com a Companhia de Geração Térmica de Energia Elétrica (CGTEE), do Rio Grande do Sul, encerrou 2020 com lucro líquido de R$ 1,8 bilhão. A CGTEE é uma geradora de energia a carvão mineral sediada em Candiota, interior do RS. A receita bruta de vendas do ano passado alcançou R$ 3 bilhões e a receita líquida, R$ 2,7 bilhões.
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Segundo a CGT Eletrosul, com a unificação a Eletrobras saneou a CGTEE, capitalizando a dívida que detinha junto à mesma no valor de R$ 4,7 bihões. Também criou condições financeiras para a recuperação operacional da usina térmica Candiota III (Fase C), com aporte de R$ 300 milhões. No ano passado, a CGT Eletrosul incorporou ainda a Transmissora Sul Brasileira de Energia (TSBE), o que permitiu aumentar em R$ 80 milhões a receita anual.
Como a privatização da Eletrobras não evoluiu, a CGT Eletrosul segue seu plano de expansão de médio prazo. Os investimentos previstos até 2025 são de R$ 2,3 bilhões, principalmente em novas linhas de transmissão e aumento do parque gerador de energia eólica.
A fusão da Eletrosul com a CGTEE atraiu muitas críticas de sindicatos de trabalhadores da área de energia nos últimos anos. Eles avaliaram a mudança como um passo para a privatização das duas empresas e, também, criticaram a incorporação às avessas, isto é, uma empresa menor, a CGTEE, incorporar a maior, que era a Eletrosul, com o objetivo de aproveitar créditos tributários da CGTEE junto à Receita Federal. Em Santa Catarina, um dos temores era de que a sede da empresa ficasse no RS, mas uma articulação política permitiu a continuidade em Florianópolis
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