Empresa de energia controlada pelo Estado de Santa Catarina, o Grupo Celesc inicia novo negócio: passa a atuar no mercado livre do setor, o que permite a grandes consumidores empresariais terem contratos diferenciados e gastar até 30% menos na conta de luz. A companhia acaba de lançar o primeiro edital de chamada pública para atuar nesse mercado.
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A decisão de diversificar nesse segmento foi aprovada pelo conselho de administração da companhia e comunicada no início de 2021. É um modelo de negócio regulado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) em 1995, que permite comercialização da energia com agentes da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE).
– Esse novo momento do Grupo Celesc é fortalecido pela experiência e credibilidade que temos há 67 anos no mercado de energia elétrica de Santa Catarina, além de nossos profissionais altamente qualificados. Estamos bem estruturados para incrementar nossa atuação nas operações de comercialização de energia – disse o diretor de Regulação e Gestão de Energia, Fabio Valentim, em informação divulgada pela companhia.
Conforme o diretor de Geração, Transmissão e Novos Negócios da Celesc, Pablo Cupani, esse ingresso no mercado livre faz parte do reposicionamento estratégico da empresa em 2021, quando fez a revisão do plano diretor. Além do ingresso na comercialização de energia no mercado livre, foi aprovada a geração solar.
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Atualmente, para aderir ao mercado livre, é preciso ter um consumo mínimo de 500 kW, o que equivale a uma conta mensal de aproximadamente R$ 140 mil, mas a Aneel está realizando estudos visando liberar para consumo menor. Em 2021, um total de 5.563 empresas migraram para o mercado livre no país, das quais 248 foram de Santa Catarina, segundo a CCEE. Ao todo, o Brasil tem quase 27 mil empresas nessa modalidade de contratação.
Além de permitir maior flexibilidade na negociação da compra ou venda de energia, o mercado livre tem permitido às empresas fazerem escolhas sobre o tipo de energia consumida, como aquisições específicas em geração limpa, principalmente de fonte solar e eólica. A outra alternativa que as empresas têm é o mercado cativo de energia, onde, a exemplo dos consumidores residenciais, têm preço já determinado para cada perfil de consumo.
Pelo modelo de negócio no mercado livre, a Celesc informará, em chamada pública, se é compradora ou vendedora, produtos negociados e o cronograma, com propostas enviadas para o endereço eletrônico mesa.energia@celesc.com.br. O preço da energia negociada será referente ao primeiro dia do mês para aquela etapa do certame.
Mais informações sobre o primeiro edital da empresa no endereço https://www.celesc.com.br/home/mercado-de-energia/comercializacao
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