A nova administração da Celesc decidiu detalhar mais os investimentos e despesas operacionais para este ano. O presidente da companhia, Cleicio Martins (E), informou ontem, em entrevista acompanhada pelo governador Carlos Moisés (D), que o orçamento de 2019 soma R$ 1,03 bilhão. Segundo ele, também foi feita uma reestruturação nas 16 agências regionais da Celesc no Estado. Oito foram transformadas em núcleos, com maior abrangência, e oito em unidades, visando ampliar a troca de experiências entre equipes para melhorar os serviços.
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Sobre o destino de R$ 1,03 bilhão, os projetos de investimentos para distribuição, geração e novos negócios vão ficar com R$ 595 milhões; materiais, serviços e outros com R$ 314 milhões; e pesquisa e desenvolvimento (P&D) e eficiência energética, com R$ 127 milhões. Dos recursos para o sistema elétrico, R$ 207 milhões virão do BID e R$ 388 milhões entre capital da companhia e do mercado. O sistema de alta tensão receberá R$ 167 milhões para novas subestações e linhas de distribuição. A média e baixa tensão terá investimento de R$ 234 milhões em construção de alimentadores, redes rurais e cabos protegidos. O programa rural terá R$ 20 milhões este ano e R$ 20 no próximo.
— Vamos fazer com que redes monofásicas sejam alteradas para redes trifásicas. Alguns produtores rurais nos disseram que não conseguem crescer, ampliar suas atividades, por não ter energia elétrica suficiente – explicou Martins.
Os projetos de geração terão aporte de R$ 56 milhões, a expansão comercial para consumidores R$ 61 milhões e para suporte operacional como tecnologia e veículos, R$ 78 milhões. Os R$ 55 milhões para pesquisa e desenvolvimento serão para mobilidade elétrica, geração eólica, internet das coisas (IoT), robótica, meio ambiente e segurança do trabalho.
Privatização
Questionado sobre planos de privatização da Celesc, o governador Carlos Moisés disse que os investimentos que estão sendo feitos visam a continuidade da empresa pública com melhoria dos serviços aos clientes.
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Minigeração
Quanto ao crescimento dos investimentos em microgeração e minigeração solar e eólica, o presidente da Celesc, Cleicio Martins, disse que não há estudos ainda sobre o impacto dessas usinas nos investimentos da companhia. O diretor de Geração, Transmissão e Novos Negócios, Pablo Carena, afirmou que a Celesc deve continuar provendo energia para todos. Isso porque a geração solar e eólica não é segura. Quando não há sol pode faltar.
Saiba mais sobre os investimentos da Celesc
Energia ao campo
Rede monofásica para trifásica
Investimentos………………R$ 40 milhões
Prazo de implantação………..24 meses
Extensão da rede………………618,5 Km
Propriedades beneficiadas…..20.969
Cabos protegidos
Investimentos……………R$ 10 milhões
1ª fase Rio do Sul……………..400 Km
Investimentos por regiões
Núcleo Grande Capital – Florianópolis e região
R$ 170 milhões:
Destaque para construção de três novas subestações (Real Parque, em São José; Palhoça Caminho Novo, em Palhoça e Capoeiras, em Florianópolis), além da ampliação da subestação Ilha Sul, no bairro Campeche. As obras vão representar incremento de 10,7% na capacidade instalada do sistema elétrico na região.
Transformação de 27 km de redes monofásicas para trifásicas.
Eficientização energética da Iluminação Pública de Santo Amaro da Imperatriz.
Núcleo Alto Vale – região de Blumenau e Rio do Sul
R$ 140 milhões:
Destaque para construção de uma subestação (Brusque São Pedro, em Brusque), além da ampliação da subestação Gaspar. As obras vão representar incremento de 5,4% na capacidade instalada do sistema elétrico na região.
Transformação de 75,2 km de redes monofásicas para trifásicas.
Cabos Protegidos — instalação de 400 km de cabos protegidos na Unidade Rio do Sul
Eficientização energética da Iluminação Pública de Pomerode e instalação de painéis fotovoltaicos na FURB, em Blumenau.
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Núcleo Norte – Joinville, Jaraguá do Sul, São Bento do Sul, Mafra e região
R$ 180 milhões:
Destaque para construção de duas novas subestações (Canoinhas Rio da Areia, em Canoinhas e Araquari Corveta, em Araquari), além da ampliação das subestações Canoinhas, Porto União, Joinville Vila Nova, em Joinville, e Jaraguá Nereu Ramos, em Jaraguá do Sul. As obras vão representar incremento de 6,4% na capacidade instalada do sistema elétrico na região.
Ttransformação de 117,1 km de redes monofásicas para trifásicas.
Eficientização energética do Hospital Bethesda, em Joinville, e a instalação de sistema fotovoltaico na Univille, na mesma cidade.
Núcleo Planalto – Lages e região
R$ 55 milhões:
Transformação de 95,8 km de redes monofásicas para trifásicas.
Lançamento da 3ª edição do Programa Banho de Energia.
Núcleo Meio Oeste – Joaçaba, Videira e região
R$ 80 milhões:
Destaque para a ampliação da subestação Capinzal, que vai representar incremento de 3,2% na capacidade instalada do sistema elétrico na região.
Transformação de 58 km de redes monofásicas para trifásicas.
Eficientização energética da Iluminação Pública das cidades de Caçador, Fraiburgo e Campos Novos.
Núcleo Sul – Criciúma, Tubarão e região
R$ 110 milhões:
Destaque para a ampliação da subestação Siderópolis, da Subestação Imbituba, da Subestação Laguna, da Subestação Garopaba e aquisição de terreno para futura construção e instalação da Subestação Araranguá. As obras vão representar incremento de 8,4% na capacidade instalada do sistema elétrico na região.
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Transformação de 36,4 km de redes monofásicas para trifásicas.
Eficientização energética (Eficientização energética das instalações da Unesc).
Núcleo Leste – Itajaí e região
R$ 75 milhões:
Destaque para a ampliação da subestação Camboriú e da subestação Itapema. As obras vão representar incremento de 11,4% na capacidade instalada do sistema elétrico na região.
Transformação de 9,9 km de redes monofásicas para trifásicas.
Instalação de painéis fotovoltaicos na Univali, em Itajaí.
Núcleo Oeste – Chapecó, São Miguel do Oeste, Concórdia e região
R$ 170 milhões:
Destaque para construção de uma nova subestação (Chapecó Santo Antônio, em Chapecó), que vai representar incremento de 3,5% na capacidade instalada do sistema elétrico na região.
Transformação de 199,1 km de redes monofásicas para trifásicas.
Eficientização energética da Iluminação Pública das cidades de Itá e de Modelo e instalação de painéis fotovoltaicos na Unoesc.
Leia também: Celesc vai mudar o próprio modelo organizacional