Ao ser informada da decisão do sindicato dos trabalhadores do transporte público de Florianópolis (Sintraturb) de que a categoria vai parar nesta sexta-feira em adesão à greve nacional, a CDL da Capital emitiu nota com duras críticas à decisão que prejudica a grande maioria da população. O presidente da entidade, Ernesto Caponi, que assina a nota, argumenta que aderir à greve nacional após a categoria ser atendida nas suas pautas é uma flagrante ilegalidade.

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— Repudiamos a atitude voluntarista e ideologizada daqueles que dolosamente prejudicam a sociedade, os que com o suor do seu trabalho movimentam a economia. Solicitamos ao Poder Público que faça fazer valer a lei em nossa cidade, inclusive atuando no sentido de fazer com que a frota mínima exigida em lei circule na cidade, inclusive com o auxílio das forças de segurança — afirma o comunicado.

Leia a íntegra da manifestação da CDL:  

"NOTA OFICIAL

Infelizmente, virou rotina em Florianópolis a irresistível comichão de fazer a população de refém de interesses que atendem apenas a determinados segmentos, pouco importando o prejuízo que isso causa ao dia a dia dos demais. É o que voltaremos a testemunhar amanhã, em razão de mais uma inoportuna e oportunista paralisação do transporte coletivo da Capital.

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Mais que isso, é uma ação que afronta a legalidade, na medida em que faz letra morta da legislação que disciplina o direito de greve e determina a observância de um percentual mínimo de operação quanto a serviços essenciais, aos quais obviamente se enquadra o transporte coletivo urbano.

E isso se dá a despeito dos próprios dirigentes sindicais terem declarado ser atendida a pauta laboral, demonstrando claro recuo no estado de greve sinalizado na semana anterior. Ou seja, seria cômico se não fosse uma flagrante ilegalidade: não haverá greve porquanto aceitas as reivindicações, mas haverá paralisação mesmo assim!

A CDL de Florianópolis nunca compactuou com tais ilegalidades e não será agora que o fará. Repudiamos a atitude voluntarista e ideologizada daqueles que dolosamente prejudicam a sociedade os que, com o suor do seu trabalho, movimentam a economia. Solicitamos ao Poder Público que faça fazer valer a lei em nossa cidade, inclusive atuando no sentido de fazer com que a frota mínima exigida em lei circule na cidade, inclusive com o auxílio das forças de segurança. 

A sociedade exige respeito.

*Ernesto Caponi*

*Presidente CDL de Florianópolis*"