Parceiros no associativismo quando jovens, em Tubarão, Sul de Santa Catarina, os empresários Nelson Füchter Filho e Jacinto Silveira, agora na meia idade, lançam juntos a Fever, empresa com atuação nacional para venda e locação de veículos elétricos. O foco é transporte urbano sustentável de carga e a projeção para quatro anos é somar receita de R$ 1,8 bilhão somente com as vendas de veículos.   

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Nesta quinta-feira (03) eles apresentam a Fever (febre em inglês) no VE Latino Americano, grande evento de mobilidade elétrica no Expo Center Norte, em São Paulo. A nova empresa vai atuar com venda e locação de dois veículos 100% elétricos para transporte urbano: o caminhão compacto Alkè, feito na Itália, e o triciclo RAP, fabricado na China.

A presença na feira será para apresentação nacional. A inauguração será em Florianópolis dia 24 deste mês. A Fever nasce com infraestrutura de uma comercializadora de veículos. Tem parcerias com 10 concessionárias nas principais cidades do Brasil e a meta é chegar a 18 este ano.

Uma das linhas de atuação da Fever será a comercialização de veículos elétricos para a últimas entregas, ou seja, aquelas feitas em cidades. Venderá o triciclo RAP por preço entre R$ 79.000 e R$ 100.000. O caminhão Alkè terá dois modelos, um por R$ 160.000 e outro por R$ 280.000.

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– Nossa empresa vai ter atuação nacional. Nosso representante de Belém, Natal, Maceió, Campinas ou Porto Alegre, onde quer que esteja, vai ser um agente e vai trabalhar em regime de comissionamento, como concessionária de veículos. A gente está usando a lei das concessionárias para nomeá-los. Em Santa Catarina, nosso concessionário será o grupo Breitkopf, que tem sede em Blumenau – explica Füchter, CEO da empresa.

Outra linha de atuação será a locação de veículos para fazer entregas nas cidades, em residências ou empresas. Para esse serviço, a Fever vai alugar veículos equipados com softwares avançados para informações aos clientes.

Tricilo RAP facilita entregas porta a porta (Foto: Divulgação)

Essa última aproximação de Füchter e Silveira que resultou na criação da Fever foi meio que por acaso. Os dois tinham vendido as empresas em que atuavam e decidiram compartilhar escritório em Florianópolis enquanto planejavam novos desafios.

Füchter vem de família que atuou com concessionárias de veículos por décadas. No último negócio desse segmento, a família decidiu abrir mão da concessionária Le Monde, que revendia a marca Citroën em Santa Catarina.

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Jacinto era sócio da Flexicotton, indústria de Santo Amaro da Imperatriz, na Grande Florianópolis fabricante de produtos de higiene. A empresa faz cotonetes, discos de algodão e outros itens. Foi adquirida pelo Grupo Mafra (atual Viveo), de São Paulo, em meados de 2020.

Na Fever, eles dividem a sociedade por 50% e 50%. Como CEO, Füchter usou a experiência para planejar tudo. Ele traz a cultura do setor automotivo, que requer concessionárias e ampla rede de oficinas para assistência técnica em todo o país.

Futura montadora em SC?

Por enquanto, a Fever começa a atuar com dois veículos 100% elétricos, importados. Mas os empresários admitem a ideia de trazer uma montadora de uma das empresas para Santa Catarina. Embora a Fever vá atuar em todo o Brasil, o Estado tem diferenciais econômicos e de logística para sediar a unidade.

– A gente escolheu Santa Catarina porque nós, que somos catarinenses, reconhecemos que é um estado bastante competitivo, não só na questão tributária, tecnológica, mas principalmente pela questão logística. A gente tem cinco portos à disposição. Tivemos um problema para receber veículos no porto em Navegantes, logo transferiram para entrega no Porto Itapoá – explica Silveira, co-CEO da Fever.

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Eles também aproveitaram as conexões em Santa Catarina para a área de infraestrutura dos veículos. Firmaram uma parceria com a Intelbras para ser fornecedora de tomadas para recarga elétrica de veículos. Cada comprador de veículo da Fever, terá recomendação para ter em casa ou na empresa uma tomada de recarga da Intelbras.

Além das últimas empresas que lideraram, eles tiveram outros negócios e estudaram empreendedorismo, por isso fizeram um projeto consistente para a Fever, de olho no futuro sustentável. Füchter destaca que pesquisaram tendências de mercados da Europa, impactos climáticos e também de saúde das pessoas, que são impactadas com poluição automotiva de ruídos e emissões de CO2 nas cidades.

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