Os catarinenses entregaram à Receita Federal dentro do prazo, este ano, 1.578.735 declarações de Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF), 9,65% a mais do que no ano passado, quando o total ficou em 1.439.790. Esse crescimento foi maior que a média nacional e não era esperado pela instituição, que estimou para este ano que cerca de 1.480.000 milhão de catarinenses ajustariam as contas com o leão. Do total de declarantes no Estado, 125 mil enviaram no último dia (31).
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Em todo o Brasil, a Receita recebeu no prazo 34.168.166 de declarações, 6,84% mais do que no ano anterior, quando foram 31.980.146. O crescimento em SC acima da média nacional pode ser atribuído à maior formalização do mercado de trabalho estadual e retomada do emprego no segundo semestre do ano passado, o que evitou impacto maior na renda dos trabalhadores.
Número de declarações de IR em SC supera projeção da Receita
Entre as principais razões para esse aumento de contribuintes do IRPF em 2021 no país estão a falta de atualização da tabela do IRPF frente ao ano anterior e a exigência de declaração para quem recebeu auxílio emergencial e teve renda tributável acima de R$ 22.847,76 no ano. De acordo com o Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal (Sindifisco), a defasagem na tabela do IR acumulada nas últimas décadas é de 113%. Essa perda é frente a inflação oficial, o IPCA.
Segundo fonte da Receita, para este ano houve também uma estimativa de baixo crescimento de declarantes em função da pandemia, que tirou muitos empregos e reduziu renda de milhares de trabalhadores em 2020. Mas isso não acabou se concretizando. SC respondeu por 4,6% das entregas deste ano, enquanto em 2020 foi 4,5%.
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Quem não conseguiu cumprir o prazo até às 23h59min59s desta segunda-feira, pode fazer a entrega com multa. A Receita vem registrando hoje milhares de entregas de retardatários. A multa mínima é de R$ 165,74 e a máxima é de 20% do imposto devido.
E as restituições já começaram. A Receita estimou R$ 23,6 bilhões este ano. Começaram a receber contribuintes com prioridades previstas em lei que fizeram o envio do ajuste logo no início do prazo. Nesta terça-feira, a instituição está liberando R$ 6 bilhões para cerca de 3,4 milhões de contribuintes.
Desses, 2,2 milhões são pessoas acima de 60 anos, 128 mil são portadores de deficiência ou moléstia grave, 891 mil têm a maior parte da sua renda proveniente do magistério e 264 mil não são de grupos prioritários.