De empreendimentos residenciais, shopping centers e estádios até aeroportos, o Grupo Cassol, da Grande Florianópolis, chegou aos 65 anos segunda-feira (24 de julho) com trajetória de grande impacto na construção de cidades. E os planos para o futuro são seguir nesse ritmo.

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Em entrevista exclusiva para a coluna, o presidente do grupo, Rodrigo Seara Cassol, revelou que um dos novos projetos é no urbanismo: um empreendimento residencial e de serviços no Campeche, Sul da Ilha de SC, em Florianópolis, numa área de mais de 1 milhão de metros quadrados, ainda em fase de licenciamento.

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O grupo atua em quatro verticais do setor de construção civil. No comércio de materiais de construção na Região Sul com a rede Cassol Centerlar; na construção de grandes obras no país com a Cassol Pré-Fabricados, líder nacional no segmento; na área de locação imobiliária, logística e construção residencial; e na área de reflorestamento.

Fundado em 1958 em Urubici, pelo descendente de imigrantes italianos Ernesto Cassol e o seu filho Adroaldo, que vieram do Rio Grande do Sul para a Serra de SC, o grupo foi transferido posteriormente para São José. Nessa fase, Ademar, outro filho de Ernesto, também passou a atuar no negócio.

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Desde 2016, Rodrigo Seara Cassol, filho de Ademar, está à frente do grupo. Segundo ele, a expansão das empresas, a partir de agora, envolve decisões com ênfase para tecnologias digitais e sustentabilidade. Saiba mais na entrevista a seguir:

Como o Grupo Cassol chega aos 65 anos?

— O Grupo Cassol celebra 65 anos de atividades sendo composto, hoje, por quatro verticais de negócio: a Cassol Centerlar no varejo de material de construção atuando nos três estados do Sul em mais de 30 lojas; a segunda vertical é a Cassol Pré-Fabricados, uma indústria de pré-fabricados de concreto com atuação no Sul e no Sudeste, com fábricas em São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná e Santa Catarina.

A terceira vertical é a Cassol Real Estate, na área do desenvolvimento imobiliário, onde a gente atua com locação, condomínios logísticos, park malls e shopping centers. E agora estamos entrando em urbanismo novamente, com um projeto grande em Florianópolis,

E a quarta vertical é a Cassol Florestal, de reflorestamento na Serra catarinense, com mais de 1,5 milhão de árvores plantadas. As quatro empresas do grupo, somadas, faturam mais de R$ 1,5 bilhão e têm mais de 3 mil colaboradores atuando no Sul e no Sudeste.

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Quais são os valores que sempre nortearam a empresa desde o início? E o que você destacaria como o principal fator que levou ao seu sucesso?

— A empresa foi fundada em 1958 pelo meu tio Adroaldo Cassol e pelo meu avô Ernesto. Começou como madeireira. E os valores que eles nos legaram são os nossos princípios fundamentais: em primeiro lugar fazer o que é certo, correto; acreditar no sucesso como resultado da dedicação ao trabalho; e também ser uma empresa empreendedora, procurando sempre o crescimento e o desenvolvimento dos negócios, sempre aberta a fazer o novo e com a preocupação de atender a todos com o coração, os nossos clientes, e a cuidar das pessoas. No trato das relações, lidamos sempre com pessoas, os clientes, os vendedores, os motoristas. Acreditamos que o negócio é feito de gente para gente. 

Nesses 65 anos, teve alguma fase mais difícil, que marcou a trajetória da empresa?

— O Brasil vai de crise em crise, e não existe alguém no país, ainda mais com 65 anos de empresa, que tenha sido isento nas crises. Na década de 1980, teve a maxidesvalorização da moeda, e isso teve um impacto importante na companhia, na época. Foi um período duro. Outro período bastante desafiador foi no Plano Collor, quando se congelou as contas correntes de todo mundo e houve uma parada abrupta na economia. E a mais recente foi a crise do governo Dilma, que impactou profundamente a construção civil, em 2014, e ainda mais em 2016, no setor da construção como um todo. E, no nosso grupo, todas as verticais estão dentro do ecossistema da construção civil.

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Loja Cassol Centerlar em São José (Foto: João Brognoli, Divulgação)

E qual foi a melhor fase da empresa, nesse período todo?

— Vários momentos foram muito importantes para o grupo. O início, quando nós pegamos o loteamento Kobrasol, o meu tio Adroaldo, foi o começo da atuação na área imobiliária. Também teve a fase inicial do pré-fabricado de concreto, com a importação das máquinas, e também o início da estaca pré-fabricada.

Eu também poderia citar a expansão do varejo para os outros estados, com a entrada, na década de 1990, no Paraná, e a partir de 2009 também no Rio Grande do Sul. São fases importantes para o nosso negócio no varejo. E também a abertura da fábrica em São Paulo, a nossa primeira no Sudeste, entrando em um mercado grande como é o de São Paulo.

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O Beiramar Shopping que o grupo desenvolveu junto com os seus sócios, o Walter Koerich e o Antônio Scherer, também foi um marco importante na história do Grupo Cassol. Mais recentemente, uma operação conjunta da Cassol Real Estate com a Pré-Fabricados com mais de 120 mil metros de área construída.

Desde a abertura da fábrica em São Paulo e o ingresso no mercado do centro do país, vocês participaram da construção de várias obras importantes. Pode citar algumas?

— O portfólio da Cassol Pré-Fabricados tem participação em obras relevantes em diversos estados. Participamos da construção dos aeroportos de Brasília e de Viracopos, em Campinas. Também da construção do estádio do Grêmio, da renovação do Beira-Rio, da arena do Athletico Paranaense, do estádio do Joinville, da Ressacada, do Orlando Scarpelli. O ginásio da ginástica artística no Pan-Americano do Rio (2007). E da construção de vários shoppings no país e de parques eólicos, sobretudo no Nordeste. Com os pré-fabricados, construímos uma indústria de papel e celulose no Uruguai.  É um portfólio bem importante. 

Vocês exportam esses pré-fabricados?

— Não! Foi algo pontual. Construímos uma fábrica em Angola e fizemos essa obra no Uruguai. Nosso foco é o mercado interno.

Como a Cassol Centerlar está hoje e o que estão prevendo para ela em termos de investimento em novas unidades?

— O nosso negócio teve início em Urubici, com a medeireira Cassol. Depois, abrimos uma filial em São José, no bairro Campinas. Foi aí que começamos a vender também azulejos e outros materiais de construção, dando início à nossa atuação no varejo. As vendas foram crescentes e desde a década de 1960 somos varejistas de material de construção.

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Depois, essa área de comércio vai ter um momento de expansão mais forte, nas décadas de 1980 e 1990, quando abrimos lojas também em Itajaí, Joinville e Curitiba. Em 2009, inauguramos a nossa primeira filial no Rio Grande do Sul, em Porto Alegre. Hoje temos 30 lojas nos três estados do Sul do Brasil, das quais 10 são no Rio Grande.

Neste ano de 2023 já inauguramos quatro lojas: em Tubarão, Santa Cruz do Sul, São Leopoldo e Joinville Norte. E vamos abrir mais três, no segundo semestre, das quais duas serão na Grande Curitiba, em Colombo e São José dos Pinhais, e uma na Praia dos Ingleses, em Florianópolis. A Cassol Centerlar vai investir R$ 45 milhões este ano e cada loja gera por volta de 30 empregos. Então, serão contratados mais de 210 novos colaboradores para essa expansão da Cassol Centerlar este ano.

E como está a Cassol Pré-Fabricados, a empresa que participa de grandes obras?

— Nessa nossa vertical da construção civil, construção industrializada, a gente faz desde estaqueamentos a obras de infra e supraestrutura. Temos fábricas em São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná e Santa Catarina. Somos líderes do setor no Brasil, uma empresa pioneira em várias soluções de mercado. Na última crise da construção civil, que mencionei há pouco, as obras pesadas foram impactadas, e hoje estamos vivendo uma retomada importante, com crescimento de 30% este ano em volume de vendas.

Estamos investindo na digitalização da pré-construção, para projetos e engenharia. Estamos fazendo agora uma obra importante, a nova sede da agência WPP em São Paulo, a maior empresa de publicidade do mundo, mais de 70 mil metros quadrados de obra construída.

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Nós fazemos uma média de quatro a cinco obras por mês, mais de 50 obras por ano, obras grandes, como uma parte do Porto de Santos, varejos e atacarejos de superfície. E agora, como já disse, estamos investindo na digitalização, pois o futuro é cada vez mais a construção off site, ou seja, fora do canteiro de obras, com tudo sendo fabricado previamente.

A próxima tendência é utilizar os pré-fabricados nos prédios residenciais, porque é mais sustentável, tem menos resíduo de obra. Algo que já é comum na Europa, no Canadá e nos Estados Unidos, como os painéis nos prédios altos, pois gera menos impacto nas cidades.

E a construção pré-fabricada vai crescer muito no Brasil, porque também tem a questão da falta e o encarecimento da mão de obra especializada na construção civil. Com o pré-fabricado, é muito mais fácil fazer uma obra. 

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Cassol Pré-Fabricados, líder nacional no setor (Foto: João Brognoli, Divulgação)

Essas grandes obras pré-fabricadas têm uma qualidade de engenharia superior por causa da durabilidade. Que tipo de atenção vocês têm quanto a isso, vocês fazem pesquisas nessa área?

— A qualidade e a durabilidade são preocupações permanentes da indústria, e o concreto pré-fabricado protendido é um produto de excelente durabilidade. São produtos robustos e que duram muito tempo. E temos engenharia de qualidade na produção, todas as fábricas têm laboratório próprio, nós fazemos a nossa própria fórmula dos concretos.

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O nosso processo é todo controlado, as unidades centrais de concreto são todas digitalizadas, eletrônicas. A Cassol é fundadora da Abcic (Associação Brasileira da Construção Industrializada de Concreto) e fundadora da norma do pré-fabricado no Brasil, como pioneira e líder do setor no Brasil.

E o papel de um líder, inclusive, é dar o padrão, por isso criamos junto com a Abcic o selo do pré-fabricado, para garantir a qualidade dos processos de produção. E a Cassol está classificada no nível mais alto de certificação do selo da Abcic, não só pela qualidade da engenharia, mas do cálculo também. Todo o nosso cálculo estrutural é feito dentro de casa, há muitos anos.

Na área do mercado imobiliário, o Real Estate, o que vocês estão fazendo no momento e o que estão prevendo para o futuro?

— A Cassol Real Estate é uma empresa focada no desenvolvimento imobiliário de locações comerciais. Hoje nós temos três principais produtos: os park logs, que são condomínios logísticos; os park malls, que são centros comerciais para varejo; e participação em shopping centers. Por exemplo: nós somos sócios com o Grupo Zaffari no Porto Alegre Centerlar, shopping na Zona Norte de Porto Alegre.

Temos mais de 100 mil metros quadrados de área locada, hoje, um portfólio imobiliário importante, com um valor de mercado de R$ 1,3 bilhão de patrimônio sob gestão. E é uma empresa que temos investido muito, foram mais de R$ 200 milhões nos últimos três anos. Onde o Grupo Cassol concentrou a maior parte de seus investimentos.

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E é onde também estamos retomando algumas verticais de operação que fizemos no passado, de urbanismo, como o Kobrasol, o loteamento que fizemos junto os nossos sócios, o Koerich e o Scherer, na década de 1970. E agora vamos retomar essa operação de urbanismo com um empreendimento no Sul da Ilha, bem relevante.

Você pode antecipar alguma coisa desse empreendimento no Sul da Ilha?

— Estamos na fase de projetos e de licenciamento, então ainda vai demorar algum tempo para ser lançado. Mas vai ser um projeto no qual estamos nos esmerando para fazer o melhor possível para a cidade. O melhor projeto, no melhor lugar, que hoje é o Campeche, na melhor cidade que é Floripa.

O projeto é numa área grande, são mais de 1 milhão de metros quadrados, onde vai ter todas soluções, horizontais e verticais. Como a área é muito grande, ele será aprovado em fases. Cada fase que for sendo liberada e concluída, nós vamos colocar no mercado. Até ser terminado, levará alguns anos.

Mas vai ser um projeto sustentável, com fluidez, onde as pessoas vão poder caminhar e ter acesso aos serviços sem perder qualidade de vida. Esse é o conceito do novo urbanismo, de morar, trabalhar e se divertir no mesmo lugar. E com uma pegada multi sustentável, porque o Sul da Ilha tem essa característica. 

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Vocês estão tendo muito sucesso com a área de logística, com vários clientes importantes, o Mercado Livre é um deles. Me explica como é essa área de negócios?

— O Mercado Livre é um dos nossos clientes no Park Log de Governador Celso Ramos, onde eles mantêm lá a sua operação aqui em Santa Catarina. Temos um Park Log em Canoas (RS) e estamos desenvolvendo um terceiro em Curitiba, em São José dos Pinhais. Quem sabe também vai sair um em Itajaí. E nesses condomínios logísticos são diversos operadores. Temos vários clientes, o Mercado Livre é um deles, mas há uma série de clientes importantes, como Sequoia e Três Corações, a Cassol Centerlar opera também com o Centro de Distribuição em nossos park logs.

E voltando à origem do grupo, quando trabalhavam com madeira, vocês entraram na área florestal comprando fazendas para plantar florestas. Me conta como está esse mercado?

— A Cassol Florestal é a vertical do grupo pela qual a família tem o maior carinho e apreço, pois foi a nossa origem. A gente começa com a Serraria Cassol, lá no município de Urubici. E ao longo da vida, foram sendo compradas áreas em Alfredo Wagner. Primeiro para florestamento e depois reflorestamento. São 60 anos atuando com madeira.

Depois foram sendo compradas mais áreas, uns 20 anos atrás. Hoje temos 3.700 hectares em Alfredo Wagner numa área onde tem mais de 1,5 milhão de árvores plantadas, de reflorestamento.

A madeira é a nossa origem, e gostamos dessa vertical. Ela não é tão grande em relação às outras empresas do grupo, mas é a que tem maior carinho por parte da família. E o mercado da madeira melhorou muito nos últimos anos, tanto a Berneck quanto a Klabin (fabricantes de papéis, MDF e outros itens) investiram em plantas novas em Santa Catarina, e o consumo de madeira no Estado cresceu bastante. Estamos vivendo um dos melhores ciclos da madeira, atualmente.

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Como é a divisão dessa vertical, entre o que é madeira para exploração comercial, de reflorestamento com pinus, e o que é reserva ecológica?

— Sim, claro. Dos 3.700 hectares, aproximadamente 1.700 hectares são plantados e 2 mil hectares são de preservação, tem APP, tem reserva, ou seja, mais de metade da área é de floresta nativa preservada. É uma área linda, com uma vista exuberante lá no alto de Alfredo Wagner. Quem sabe a gente faça lá um projeto de urbanismo no futuro.

Com relação à tecnologia e inovação, quais áreas o grupo está olhando com mais atenção?

— O Grupo Cassol é todo voltado para a construção civil e a gente acredita no futuro. Então, começamos com várias iniciativas há alguns anos. E o futuro é mais digital e mais sustentável, então são esses dois pilares que a gente tem levado muito em consideração no nosso planejamento estratégico.

Ser mais digital e ser mais sustentável. Várias lojas nossas têm coleta de água da chuva, iluminação de led, tratamento de esgoto no próprio empreendimento. São construções cada vez mais sustentáveis, assim como lá nos park logs. Investimos muito em reciclagem, em retorno de resíduos. A maior parte dos resíduos é reciclada, tanto nas fábricas quanto nas lojas.

A construção off site é muito mais sustentável, por si só, do que a construção in loco, gera muito menos resíduo e desperdício de madeira, de material. Temos tecnologias sendo construídas, estamos investindo em produto, para fazer um concreto com uma pegada de carbono menor. Então temos várias preocupações neste sentido.

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Na parte digital, na área do varejo, alguns anos atrás a gente começou com o e-commerce, depois whats app e, agora, a multicanalidade. Hoje, 20% do faturamento no varejo já vêm de canais digitais, 80% vêm das lojas físicas. Mas a multicanalidade vem crescendo no varejo, tanto no nosso canal de venda direta para construtoras e condomínios, quanto no nosso site de e-commerce, na televenda por whats app, são todos canais importantes e crescentes. Estamos investindo bastante em inovação com plataforma de serviço, o Cassol Pro, com uma série de benefícios para os profissionais da construção.

Vocês têm equipe própria de desenvolvedores?

— É misturado, tem parte que é feita com devs (desenvolvedores) próprios, tem algumas torres de inovação, tem alguns squads (equipes) operando no varejo na área de inovação. E tem alguns squads que são terceirizados de software houses, contratados para fazer plataformas. Estamos investindo em data link, fortemente em ferramentas de CRM e omnicanalidade.

Hoje, conseguimos fazer entregas no mesmo dia, e 80% das nossas entregas são feitas no dia seguinte (à compra) com todos os acompanhamentos do caminhão, o cliente recebe um SMS com o aviso de quando vai ser entregue. Ele pode acompanhar o caminhão e ver o horário de chegada.

São investimentos em inovação para melhorar o processo e a experiência de compra do cliente. Tivemos uma melhora importante na nossa NPS (Net Promoter Score, métrica usada para medir a satisfação dos clientes) no final do ano, subimos 15 pontos, ficamos muito contentes.

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Na indústria, estamos investindo muito em BIM, que é a Modelagem de Informação da Construção, projetos e cálculos estruturais no formato digital, integração do orçamento também de forma digital. E no futuro é entregar a obra com o seu gêmeo digital, você vai receber a obra física e também na forma digital, para poder acompanhar a manutenção, entre outras especificidades. A jornada da pré-construção à pós-construção vai ser toda ela digitalizada.

Essa é uma tendência, e a Cassol tem investido nisso. E no Real Estate também vai construir a digitalização da obra, da jornada. Então vamos investir bastante em construtech, para achar soluções mais eficientes na jornada do cliente. Entender as suas dores e necessidades, e solucioná-las com gente e tecnologia. Esse cuidado com o cliente exige uma tecnologia para facilitar o processo. 

Olhando o cenário econômico do Brasil hoje, como vai ser 2023 para o Grupo Cassol?

— O ano começou pior do que o esperado. Para a construção civil, onde estamos concentrados, a taxa de juros é o preço mais importante. Construção civil demanda investimento em Capex (despesas de capital), e a taxa de juro tem uma grande influência nisso. A construção civil de maneira geral no Brasil está sofrendo um pouco mais com os juros elevados e está vindo abaixo do orçamento.

A gente cresce em relação ao ano passado, mas estamos abaixo do orçado para o ano. A gente acredita que, com o início da redução da taxa de juro agora no segundo semestre, o mercado comece a dar sinais de melhora. E acreditamos que essa redução de juros vai seguir ao longo de 2024 também.

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Devemos ter aí um segundo semestre começando a melhorar, talvez o último trimestre melhor. E o ano que vem a gente acredita que vai ser bem melhor que este ano. Na nossa visão, o trend é positivo. 

Na área social, em que projetos investem e gostaria de citar?

— A gente apoia diversos projetos, a gente apoia o Instituto Guga Kuerten, o Instituto do padre Vilson Groh, participamos e apoiamos projetos como a pintura do Morro da Mariquinha e também da construção de uma escola no Maciço do Morro. O padre Vilson Groh está levantando recursos (do futuro Centro de Inovação Social do projeto Pode Crer) e a Cassol participa desse projeto.

Já fizemos toda a construção digital do projeto e vamos doar para essa iniciativa. Participamos das campanhas do agasalho e Agentes do Riso, além de várias ações feitas de forma voluntária por colaboradores, além de incentivos fiscais e doações de membros da família. É um conjunto de iniciativas sociais que nos orgulha muito. 

Como vocês estão comemorando os 65 anos do grupo? 

— No último sábado, dia 22, teve um bolo nas lojas. E na segunda-feira, dia 24 (dia do aniversário), a gente fez uma live em cada vertical do grupo e fizemos alguns eventos com os colaboradores. Teve choripan, festas nas unidades e nas fábricas, e passamos o nosso novo vídeo institucional para que todos os colaboradores reconheçam a importância de cada um na construção dessa jornada, porque a Cassol é feita por gente, por pessoas, em primeiro lugar.

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