Menos de uma semana antes da eleição, na última segunda-feira, a secretaria de Estado da Fazenda divulgou o Projeto da Lei Orçamentária Anual (LOA) 2023 que enviou para a Assembleia Legislativa. Ela prevê orçamento de R$ 44,11 bilhões e Receita Corrente Líquida (RCL), aquela que fica para o governo gastar, de R$ 28,65 bilhões, 16,47% maior que a do ano anterior, apesar do corte das alíquotas de ICMS.
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A coluna ouviu rapidamente os candidatos ao governo sobre o tema um dia depois. A maioria mostrou otimismo com as receitas futuras do Estado, pelo fato de SC ter uma econômica dinâmica, que cresce acima da média.
O candidato Carlos Moisés (Republicanos), que disputa a reeleição, disse que a expectativa é de boas receitas no ano que vem, que o Estado assimilou a redução tributária dos combustíveis ainda no ano passado e que haverá recursos para dar continuidade aos programas previstos.
Décio Lima (PT) disse que não está preocupado com o orçamento, mas com os problemas que Santa Catarina precisa resolver. Quando recebeu a Prefeitura de Blumenau tinha três folhas atrasadas e o 13º, mas conseguiu ajustar e pagar tudo.
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Esperidião Amin (Progressistas) acompanhou parte da apresentação do projeto da LOA e observou que a Fazenda argumentou que as perdas com o ICMS vão voltar por meio da movimentação econômica gerada pela redução do tributo. Mas afirmou estar preocupado com despesas permanentes criadas, com aumentos salariais dos servidores.
O candidato Gean Loureiro (União Brasil) disse que vai avaliar com muita calma o orçamento, se eleito. Destacou que não gosta de trabalhar com lei orçamentária super estimada, prefere dados reais. Ele vê com preocupação o corte do ICMS para combustíveis, energia e telecomunicações.
Jorge Boeira (PDT) observou que orçamento de R$ 44 bilhões é semelhante ao que foi estimado para 2022. Segundo ele, é factível para cobrir as despesas necessárias de saúde, educação, ciência e tecnologia e, também, recuperar rodovias.
Jorginho Mello (PL) afirmou que a equipe dele está examinando a proposta orçamentária, avaliando a projeção de distribuição de recursos. Mas disse acreditar que, mesmo com o corte do ICMS para combustíveis, energia e telecomunicações, será possível ter receita porque a economia de SC reage rápido.
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Odair Tramontim (Novo) falou que deu uma analisada rápida no que foi apresentado, mas avaliou que SC terá recursos para resolver os gargalos principais, em especial de infraestrutura. Se eleito, disse que vai priorizar o fim da fila para cirurgias eletivas.
Ralf Zimmer (Pros) foi o único que manifestou total desconfiança sobre o projeto orçamentário. Falou que não acredita em crescimento de 16,5% no ano que vem, se o Estado terá uma perda de R$ 3,5 bilhões. Para ele, o projeto precisa ser avaliado porque pode estar superestimado.