Apesar de ainda enfrentar dificuldades com dívida elevada e outros desafios, a BRF, dona da Sadia, Perdigão e Qualy, está numa fase mais estável, com melhores desempenhos. A companhia fechou o segundo trimestre com lucro líquido de R$ 307,13 milhões, com recuo de 5,48% frente ao do mesmo período do ano passado. A receita de vendas alcançou R$ 9,1 bilhões, com alta de 9,2% frente ao mesmo período de 2019. A companhia informou que vendeu mais de 1 milhão de toneladas e obteve, pelo quinto trimestre consecutivo patamar sólido de rentabilidade.

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Os resultados positivos, apesar da pandemia, foram alcançados principalmente com mais vendas de produtos industrializados no mercado interno. No país, 75% das vendas são de itens processados. A BRF obteve, no mercado interno, receita líquida de R$ 4,6 bilhões, 13,7% superior ao do mesmo trimestre de 2019. No mercado externo, obteve R$ 4,2 bilhões, com alta de 5,6% frente aos mesmos meses do ano anterior.

A companhia também comunicou no balanço que investiu R$ 218 milhões no segundo trimestre para medidas preventivas frente à Covid-19. E os investimentos no negócio durante o trimestre somaram R$ 582 milhões. Ainda com forte endividamento, a empresa conseguiu fazer ajustes no último trimestre. Fechou o período com alavancagem líquida de 2,89x ante 3,74x no mesmo período de 2019. A dívida foi alongada para prazo de 4,9 anos.

O presidente da companhia, Lorival Luz, disse que está confiante no projeto de crescimento no longo prazo da empresa porque agora ela conta com um time de pessoas engajadas, as melhores marcas e os melhores produtos.

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