A BRF, dona da Sadia e Perdigão, que meses atrás firmou parceria com a startup israelense Aleph Farms, detentora de tecnologia para produção de carne em laboratório, informou hoje que participou de rodada de investimento para a empresa. A companhia catarinense aportou US$ 2,5 milhões (R$ 13,14 milhões) em rodada com outros investidores que somou US$ 105 milhões (R$ 552 milhões).
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A liderança ficou com o Growth Fund da L. Catterton, maior empresa global de private equity focada no consumidor, e com a DisruptAD, plataforma de investimentos em venture capital do Oriente Médio. Os recursos serão usados pela Aleph Farms para comercializar carne cultivada no mercado mundial e, também, para expandir o portfólio. A startup já obteve US$ 118 milhões em rodadas de investimentos.
O CEO da BRF, Lorival Luz, disse que esse foi o primeiro aporte da companhia em venture capital para uma startup. Segundo o executivo, o objetivo é levar alimento de qualidade, com tecnologia disruptiva, para todas as pessoas. Quando anunciou a parceria, a BRF informou que os produtos para o consumidor poderiam ser lançados no mercado brasileiro até 2024. Mas produtos experimentais poderão chegar ao Brasil antes.
Segundo a Aleph Farms, a carne cultivada é feita com a obtenção de células de alta qualidade de animais, sem o abate. São cultivadas fora do corpo do animal, mas com fornecimento de nutrientes e ambiente específico para esse desenvolvimento. É um produto com vantagens ambientais expressivas, explica a empresa. Reduz emissão de gases do efeito estufa, reduz o uso de terra em mais de 90% e de água em até 50%. Essa nova carne também virá livre de antibióticos e resulta de amostra celular de animal 100% natural.
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