Dificuldades para repassar custos aos preços no Brasil e queda de preços no mercado internacional levaram a BRF, dona das marcas Sadia, Perdigão e Qualy, a fechar 2022 com prejuízo líquido de R$ 3,1 bilhões frente a lucro líquido de R$ 517,31 milhões em 2021. No quarto trimestre do ano passado, a companhia catarinense teve prejuízo de R$ 956 milhões enquanto no mesmo período de 2021 alcançou pouco mais desse valor em lucro: R$ 964 milhões.
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A companhia atribuiu esse prejuízo bilionário às condições sazonais de mercado causadas principalmente pela guerra na Ucrânia, que elevou a inflação; e restrições em função da Covid na China. Diferente da sua principal concorrente no Brasil, a JBS, a BRF não atua no segmento de carne bovina, que tem garantido resultados melhores no Brasil e exterior.
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Para enfrentar o problema do prejuízo e do endividamento maior, uma das medidas da companhia foi colocar o setor de alimentação pet à venda, como noticiou o colunista da NSC, Pedro Machado, nesta terça-feira. A expectativa é obter R$ 2 bilhões com esses ativos. A companhia prevê também outras vendas de ativos para somar R$ 4 bilhões para ajustar seu caixa e reduzir o endividamento.
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Para este ano, a empresa vê cenários para mais exportações, especialmente para a China, que suspendeu a política de covid zero e, assim, terá mais consumo e movimento econômico. O foco também é conquistar mais clientes no exterior, como ocorreu em 2022 no México, EUA e Canadá.
Em 2022, a BRF obteve receita operacional bruta de R$ 61,88 bilhões e receita operacional líquida de R$ 53,80 bilhões. O ebitda ajustado de receitas continuadas alcançou R$ 3,90 bilhões, com crescimento de 7,2% frente ao ano anterior.
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