Uma das alternativas de socorro financeiro mais adotadas durante a pandemia é a postergação de dívidas relativas a financiamentos de investimentos. Como a crise sanitária ficou mais grave, o Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE) levou aos três principais financiadores da instituição – o Ministério do Turismo, Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) a sugestão para que seja concedido mais um período de suspensão do pagamento de parcelas e outras exigências a financiamentos. Considerando atendimentos a empresas desde março de 2020, o BRDE já postergou R$ 115 milhões em SC.

Continua depois da publicidade

BRDE projeta R$ 1,1 bilhão em crédito e postergações para SC este ano

O pleito é nova postergação de seis meses para prestações de contratos do Fundo Geral de Turismo (Fungetur), da linha de Renegociação Emergencial de Operações Indiretas Automáticas e também linhas de investimentos via Finep. No ano passado, essas instituições já fizeram postergações. Muitas empresas foram beneficiadas com duas postergações sucessivas.

Governo Moisés diz que ajuda a empresas superou R$ 1,4 bi em 2020 e que apoio vai continuar

O pedido do BRDE foi encaminhado pela presidente do banco, Leany Barreiro de Sousa Lemos e pelo diretor de Acompanhamento e Recuperação e Crédito, Vladimir Arthur Fey para os presidentes do BNDES e Finep, mais o ministro de turismo Gilson Machado Neto.

Continua depois da publicidade

Na avaliação do diretor de Acompanhamento e Recuperação de Crédito do BRDE, Vladimir Arthur Fey, se esse pleito for atendido será mais uma ajuda emergencial do banco aos clientes. Segundo ele, desde o início da pandemia, mais de 1,3 mil empreendedores catarinenses, incluindo agricultores, foram beneficiados com postergação. Para o diretor financeiro do BRDE, Marcelo Haendchen Dutra, a opção dos empresários de buscar a postergação mostra que estão decididos a continuar seus negócios.

Segundo o BRDE, a liderança em volume postergado foi do Vale do Itajaí (R$ 24 milhões), seguida pelo Norte, com R$ 17,2 milhões, a Grande Florianópolis teve R$ 16,4 milhões e o Oeste R$ 14,7 milhões.