Este começo de semana foi histórico para o Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE). A instituição voltou ao mercado de capitais depois de quatro décadas com o lançamento de títulos para diversificar suas fontes de recursos para emprestar ao mercado. O plano é conseguir R$ 150 milhões com essa primeira iniciativa.
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O banco lançou nesta segunda-feira Letras de Crédito do Agronegócio (LCAs), títulos de renda fixa vendidos para investidores, mas específicos para obter recursos para financiar o agronegócio. Outra opção é o lançamento de Certificados de Depósitos Bancários (CDBs).
O presidente do BRDE, João Paulo Kleinübing, destaca que essa alternativa de mercado de capitais é importante para o banco do ponto de vista de diversificação de recursos e para se consolidar como o principal banco de desenvolvimento da Região Sul.
– Representa o nosso retorno para o mercado de capitais e é um fato importante na nossa trajetória de mais de 62 anos. Mostra o protagonismo do banco de fomento, com um olhar para o futuro. O novo negócio surge como uma vertente independente de grandes provedores institucionais, o que é importante para a resiliência do BRDE a longo prazo – afirmou Kleinübing.
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Para viabilizar os lançamentos de títulos no mercado e conseguir investidores rapidamente, a opção da área técnica do BRDE foi fazer parcerias com quatro grandes instituições: Itaú, XP, BTG e Safra. A estreia nas LCAs foi com o Itaú.
O Superintendente Financeiro do BRDE, Gustavo Trombini Orsolin, afirma que o montante de recursos a ser captado no mercado poderá ser bem maior do que os R$ 150 milhões que estão sendo prospectados nessa estreia.
Segundo ele, a partir de agora, o BRDE terá condições de oferecer mais soluções ao mercado, captar mais recursos e oferecer condições melhores também para tomadores de empréstimos.
– Trabalhando com recursos aqui do banco, será possível criar carteira e melhorar as condições de empréstimos aos clientes. Vamos conseguir criar programas específicos de aderência às necessidades da nossa região de atuação – destacou Gustavo Orsolin.
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Desde 2015, o BRDE vem aprimorando as fontes de recursos para financiar diversos setores empresariais e públicos, observa Orsolin. Antes, a instituição atuava praticamente só com recursos do BNDES. Depois, incluiu Finep, Ministério do Turismo, Caixa e o Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste (FCO).
Em 2018, o desafio foi buscar recursos no exterior. O primeiro contrato foi com a Agência Francesa de Desenvolvimento (AFD). Depois, vieram o Banco Europeu de Investimentos (BEI) o Banco Mundial (Bird), Banco de Investimentos da América Latina (CAF) e o Banco dos BRICs (Novo Banco de Desenvolvimento). Agora, o mercado de capitais é uma nova fase de diversificação de recursos.
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