Um forte banco estatal de investimentos por perto facilita a execução de negócios. Foi com esse objetivo que nasceu dia 15 de junho de 1961 o Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE), fundado pelos então governadores de Santa Catarina, Celso Ramos; do Rio Grande do Sul, Leonel Brizola; e do Paraná, Ney Braga. De lá para cá, foram emprestados mais de R$ 200 bilhões para a Região Sul. Em 2020, ano da pandemia, a instituição liberou R$ 3,3 bilhões em crédito, abrangendo também o Mato Grosso do Sul. As operações com recursos próprios somaram R$ 651 milhões, 75,1% mais que em 2019.

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O aniversário do banco de fomento foi comemorado nesta terça-feira com evento na sede de Porto Alegre, onde atua a primeira mulher a presidir a instituição, Leany Lemos, que foi nomeada para o cargo em dezembro do ano passado. Também participaram os dois representantes de SC na gestão do banco, o diretor Financeiro Vladimir Arthur Fey e o diretor de Acompanhamento e Recuperação de Crédito, Marcelo Haendchen Dutra.

Levantamento realizado pela instituição apurou que somente em Santa Catarina, nos últimos 10 anos, o BRDe emprestou R$ 8,8 bilhões em operações de crédito. Desse montante, um terço foi para a agricultura. Atualmente, tem mais de 33 mil clientes ativos com operações em 1.088 municípios, isto é, 91,4% do total da Região Sul. O banco tem ativo total de R$ 16,7 bilhões e patrimônio líquido de R$ 3,1 bilhões.

Uma das principais atuações do BRDE na pandemia em Santa Catarina no ano passado foi o empréstimo de R$ 100 milhões, em recursos próprios, para capital de giro a pequenos negócios. Outro destaque foi a postergação de contratos para mais de 1,3 mil empreendedores no ano passado, incluindo agricultores. De acordo com Marcelo Haedchen Dutra, a importância do BRDE para SC é mostrada nos números.

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– O banco tem um histórico de investimento em projetos estruturantes, com grande impacto econômico e social. Esse apoio financeiro ajuda a construir um ambiente favorável para quem empreende ou vive no Estado – afirma o diretor.

Neste ano, o BRDE continua apoiando os setores mais afetados pela pandemia. Vai colaborar com o governo catarinense na oferta de linha emergencial a setores mais atingidos. Além disso, segue com suas linhas normais de crédito, com múltiplas demandas.

– Percebemos uma demanda cada vez maior de crédito para geração de energia limpa. E buscamos parceiros como a Agência Francesa de Desenvolvimento (AFD) para financiar iniciativas para geração eólica, fotovoltaica, biomassa e pequenas centrais hidrelétricas. Além de provocar um impacto menor no meio ambiente, estamos ajudando a melhorar a infraestrutura do Estado. E isso é fundamental para quem investe aqui – afirma o diretor Financeiro, Vladimir Arthur Fey.

O BRDE trabalha em parceria com o BNDES, mas também tem acesso a recursos de outras fontes. Atualmente, busca linhas do exterior, especialmente para projetos voltados à sustentabilidade. No ano passado, obteve R$ 308,4 milhões junto a instituições internacionais, 93,6% mais do que no ano anterior. Um diferencial importante para o equilíbrio do banco é a baixa inadimplência. Em abril deste ano, estava em 0,82% enquanto os bancos públicos do Brasil enfrentavam 2,01% e o sistema financeiro nacional, 2,19%.

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