Brasil suspende exportação de carne de aves após doença no RS, mas novo teste dá negativo

A confirmação, sexta-feira (19) de um foco da doença de Newcastle (DNC) numa propriedade comercial em Anta Gorda, interior do Rio Grande do Sul levou o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) a suspender preventivamente as exportações de carne de aves e derivados para 44 países, o que é um procedimento padrão. Mas novos testes feitos em São Paulo sábado e divulgados domingo deram negativo para amostras, o que pode amenizar o impacto econômico no país.

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Segundo o ministério, a suspensão é um procedimento padrão, que segue regra de transparência do serviço sanitário brasileiro para países importadores.

Mas até a manhã desta segunda-feira, pelo menos quatro mercados importantes haviam confirmado a suspensão das compras do produto brasileiro e ou do Rio Grande do Sul. A China, União Europeia, Argentina e México.

A China suspendeu temporariamente as compras de todo o Brasil. A União Europeia suspendeu do Rio Grande do Sul. Segundo o diretor executivo do Sindicato das Indústrias de Carnes de Santa Catarina (Sindicarnes SC), Jorge Luiz de Lima, parte dessas suspenções confirmadas afetarão as exportações de Santa Catarina.

O ministério explicou que a certificação para exportação é um acordo bilateral entre países parceiros, e por isso o Mapa revisou preventivamente os Certificados Sanitários Internacionais (CSI) de forma a atender às garantias e os requisitos acordados.

De acordo com o diretor do Sindicarnes, cada certificado tem uma exigência. Por isso é preciso revisar tudo, para saber se a suspensão envolve o Brasil, o estado ou o município onde ocorreu o foco.

Mas os resultados dos exames feitos em São Paulo, que deram negativos, confirmam que é uma situação isolada no Rio Grande do Sul, avalia a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). Por isso, a entidade acompanha os trabalhos do Ministério da Agricultura para que os mercados que cancelaram, retomem as compras de carne de ave do Brasil o mais breve possível.

O ministro da Agricultura, Carlos Fávero, explicou que os testes novos foram feitos de forma rápida no final de semana no laboratório LFDA-SP. Isso descartou a possibilidde de novas ocorrências de foco no momento e mostrou que o Brasil tem um sistema de defesa agropecuário robusto.

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