A visita do presidente Jair Bolsonaro a Santa Catarina neste sábado, para sobrevoar áreas que tiveram grandes danos em função do ciclone bomba que atravessou o Estado terça-feira, precisa resultar em socorro imediato a famílias e empresas atingidas. Essa ajuda financeira para reconstrução deve vir do Estado e da União. As empresas, já atingidas pela crise da pandemia, precisam de capital de giro com um prazo de carência prolongado.
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Teremos outro ciclone em SC na semana que vem?
Se atendidas, essas indústrias e unidades de comércio e serviços darão resultado imediato com produção e geração de impostos, afinal, Santa Catarina tem a economia mais dinâmica do Brasil. O que certifica isso é a menor taxa de desemprego do país, quase sempre a metade da média nacional. Firmas de alguns setores mais atingidos pelo coronavírus podem ter maior dificuldade, mas também devem ser ajudadas.
Federações pedem ajuda para reconstrução de empresas pós-ciclone
A visita do presidente Jair Bolsonaro, acompanhado de lideranças do Estado, como a a vice-governadora Daniela Reinehr, que representa o governador Carlos Moisés, que está com coronavírus, e os senadores Jorginho Mello, Esperidião Amin e Dario Berger, consiste num gesto político importante e necessário após uma tragédia como essa. Além disso, é um reconhecimento a um povo que escolheu, por ampla maioria, esses governos.
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Vale lembrar que no segundo turno da eleição presidencial de 2018 Bolsonaro fez 75,92% dos votos no Estado e Moisés, 71,09%. Apesar da pandemia, a mobilização política em SC e no país já é grande, de olho nas eleições municipais deste ano e na eleição à presidência da República e ao executivo estadual em 2022.
A visita neste momento soma pontos para fortalecer imagens, mas a ajuda efetiva aos necessitados é o que interessa. Para as famílias, o governo federal, como em catástrofes anteriores, pode liberar totalmente o FGTS e oferecer algum outro tipo de apoio financeiro a fundo perdido a quem tem baixa renda.
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Para as empresas, é fundamental ter acesso a capital de giro para ontem. O governo federal precisa liberar recursos via Banco do Brasil, Caixa ou BNDES. O governo estadual pode atender as sugestões do Conselho das Federações Empresariais de SC (Cofem), apresentadas nesta sexta-feira, para postergar a arrecadação de ICMS das empresas atingidas e oferecer linhas de crédito emergencial acessíveis e rápidas para capital de giro por meio do Badesc e do BRDE.
Nesse momento, as ações efetivas de socorro dos governos precisam ser imediatas. A exemplo de outras tragédias, o Estado também conseguirá se reerguer rapidamente.
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Abaixo, a indústria Stolf, de Rio do Sul, uma das mais atingidas pela tragédia.
