A despeito de dificuldades enfrentadas pelo país, investidores estrangeiros têm uma visão bastante otimista sobre a economia brasileira. A informação é do fundador e presidente do conselho de administração da XP Inc., Guilherme Benchimol, e foi destacada em conversa virtual com sócios, parceiros e clientes da Manchester Investimentos, de Santa Catarina, na última semana. O empresário disse compartilhar da mesma visão desses estrangeiros, muitos dos quais ele encontrou recentemente em viagens ao exterior. Segundo Benchimol, o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil deve crescer 5,5% este ano e 3,5% em 2022.

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De acordo com o empresário, a maioria dos investidores internacionais acredita que o mundo vai crescer muito nos próximos anos em função da injeção de capital feita por bancos centrais para enfrentar a crise da pandemia.

– Os bancos centrais injetaram bastante dinheiro na economia, com juros menores e isso faz com que a economia de base cresça bastante. Economia de base demanda o commodity, que é o que o Brasil mais exporta. Então, nos próximos anos, o Brasil deve ter uma balança comercial extremamente superavitária. Por consequência disso, a gente vai ter uma apreciação cambial. A tendência é que o real se aprecie em relação ao dólar, isso ajuda o Brasil a segurar a inflação e ter juros baixos a longo prazo – afirma Benchimol.

Para o futuro, o presidente do conselho da XP acredita que o juro básico do Brasil (Selic) deve ficar entre 4,5% e 5,5% ao ano, com inflação entre 2,5% e 3,5% ao ano. Na conversa com a Manchester, ele também não valorizou muito a campanha antecipada à presidência da república.

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-Sobre a corrida eleitoral, falta muito tempo. A visão do estrangeiro é que o presidente que senta na cadeira tem que governar e o Brasil é um país de centro. Então, a despeito de quem sentar na cadeira, não é o presidente quem manda, é o Congresso que define – afirmou.

Para os investidores brasileiros, público-alvo da XP, empresa que abriu capital na Nasdaq em dezembro de 2019, Benchimol disse que diante de um cenário de dólar mais baixo, juros e inflação baixos também, será preciso tomar risco local. E, para isso, as pessoas necessitam de serviços de agentes financeiros.

A palestra de Benchimol foi mediada pelos empresários Henrique Baggenstonss e Eduardo Pereira, sócios da Manchester, parceira da XP há 15 anos e com mais de 50 anos de atuação no mercado financeiro. A empresa, que é o terceiro maior escritório de agentes autônomos da XP no Brasil, segue crescendo e ampliando estrutura.

Rodrigo Macarenco, responsável pela filial de Florianópolis da Manchester
Rodrigo Macarenco, sócio e responsável pela filial de Florianópolis da Manchester (Foto: Manchester Corretora, Divulgação)

O escritório de Florianópolis da Manchester, que tem à frente o sócio Rodrigo Macarenco, mudou recentemente para nova sede de andar inteiro, em 400 metros quadrados de um edifício novo no Centro da cidade. O objetivo foi acomodar melhor os 25 assessores vindos de outras instituições e ter espaço para ampliar mais a equipe. Segundo Macarenco, a carteira da filial está em R$ 2,3 bilhões e o plano é crescer 50% este ano.

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A unidade de Florianópolis, aberta em 2016, foi a primeira filial da Manchester. Contando hoje com 20 unidades, a empresa tem forte presença na Região Sul, onde atua em 10 cidades. Além disso, entrou em São Paulo (capital, Santos, Guarulhos, Franca, Presidente Prudente e Alphaville), no Rio de Janeiro (capital e Nova Friburgo), Minas Gerais (Belo Horizonte) e Bahia (Salvador).