Banco da Família faz acordo com instituição da Europa para financiar economia verde

Clientes do Banco da Família em Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Paraná vão contar com linha de crédito especial para financiar economia verde nas áreas de agronegócio, energia solar e saneamento básico. Os recursos para esse programa somam R$ 6 milhões e virão do banco francês BNP Paribas, uma das maiores instituições financeiras da Europa.

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Essa iniciativa do BNP Paribas contemplou apenas três instituições no mundo, a instituição catarinense e duas da Europa. A parceria com o banco catarinense foi viabilizada por meio do Instituto JuST (Just Sustainbility Transitions Institute), uma ONG internacional que atua com financiamentos voltados à sustentabilidade.

A presidente do Banco da Família, Isabel Baggio, também presidente da Associação Brasileira das Instituições de Microfinanças e Microcrédito (Abcred), avalia que essa nova parceria projeta a instituição no mapa da economia verde.

A conquista desse capital para crédito é um reconhecimento de trabalho que já vem sendo realizado pelo banco, que completou 25 anos de atuação. Desde que foi fundado, já emprestou R$ 2,4 bilhões (valores atualizados pelo IGPM) para 25 mil clientes na Região Sul.

– Somos a única instituição selecionada para esta parceria fora da Europa. Isso é significativo e estratégico para a instituição. Além disso, proporciona sustentabilidade de longo prazo para as famílias envolvidas e minimiza o impacto ambiental em suas comunidades, além de potencializar o aumento de nossas carteiras de saneamento e de energia solar estendendo estas soluções a mais famílias – afirma Isabel Baggio, presidente do Banco da Família.

Essa decisão do BNP Paribas, que apoia microfinanças há 30 anos, visa colocá-lo como uma referência em empréstimos para microfinanças em iniciativas que são inclusivas e sustentáveis.

Segundo Isabel Baggio, colaboradores do Banco da Família vão receber treinamento para atuarem como multiplicadores de iniciativas sustentáveis. Integrante do grupo das Organizações Sociais de Interesse Público (Oscip), a instituição começou com microcrédito produtivo, mas diversificou nos últimos anos. Entre as novidades estão linhas para reformas de casas e geração de energia solar.

 – Até agora, as microfinanças desempenharam um papel fundamental para aqueles que não têm acesso ao crédito bancário tradicional, e que também sofrem os impactos das mudanças climáticas e da perda de biodiversidade. A inovação do Financiamento Inclusivo e Sustentável lançado com o JuST Institute é um divisor de águas, que beneficia tanto as instituições quanto seus clientes – a avalia  Alain Levy, gestor do PNB Paribas da área de Finanças Inclusivas para as Américas e Ásia.

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