Após atender famílias de Florianópolis afetadas pela pandemia de Covid-19, o Banco Comunitário chega ao bairro Frei Damião, em Palhoça, uma das regiões de Santa Catarina com elevada vulnerabilidade social. A iniciativa é do Instituto Comunitário Grande Florianópolis (Icom) e Instituto Padre Vilson Groh, com parceria de organizações como o Ministério Público do Trabalho em SC (MP/SC) e a agência da ONU para gestão de projetos (Unops). O objetivo é doar moedas sociais para um grupo de 344 famílias.
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Segundo o Icom, graças a esse trabalho em rede será possível apoiar financeiramente cada família com R$ 600 em moedas sociais digitais, valor que será dividido em três parcelas de R$ 200. Pelo modelo do Banco Comunitário, essas pessoas poderão fazer compras junto a empresas de comércio e empreendedores da comunidade cadastrados para receber esses pagamentos digitais. Podem adquirir alimentos, produtos de higiene e limpeza. A compra local visa aumentar a atividade econômica na comunidade.
Os recursos para o banco vêm de doações financeiras feitas para o Icom e o Instituto Vilson Groh. Essa é a quinta unidade do Banco Comunitário do Icom. Segundo a gerente executiva do instituto, Mariane Maier, o objetivo é ajudar famílias e promover desenvolvimento local. Nessa unidade do Frei Damião serão beneficiadas diretamente quase 1.400 pessoas.
Para o Padre Vilson Groh, o Banco Comunitário ajuda a atender um direito sagrado das pessoas, que é se alimentar, o que gera impacto positivo para a comunidade e, também, para quem contribui para o projeto.
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— A iniciativa do Banco Comunitário do Frei Damião está sendo financiada pela Unops, agência da ONU, e pelo Ministério Público do Trabalho em SC. A gente está conseguindo atender famílias em vulnerabilidade social neste momento, o que empodera a comunidade e fortalece os comércios locais. Os bancos comunitários têm como característica muito forte a emissão e circulação de uma moeda social para aquecer a economia e impulsionar o desenvolvimento naquele território — informa Mariane Maier.
Ela explica que a moeda local proporciona às pessoas sair de uma situação assistencialista para outra empoderadora porque elas podem decidir o que comprar na sua comunidade. Segundo Mariane, o banco tem uma proposta de mudança comportamental para impactar toda a comunidade de Florianópolis. As pessoas começam a ficar mais atentas pelo fato de, ao comprar no comércio local, elas colaboram para o desenvolvimento econômico porque isso fortalece os atores do seu território.
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— O Icom está buscando parceiros financiadores para dar continuidade às moedas sociais para as famílias que estão sendo apoiadas agora nessa fase mais vulnerável de renda na pandemia e, também, para pilotar novos produtos e poder expandir as ações do Banco Comunitário como um todo — informa a executiva.
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