Lançado dia 26 de julho pelo governo de Santa Catarina, o programa de auxílio emergencial para pequenas empresas, denominado SC Mais Renda Empresarial, emprestou até agora R$ 65,65 milhões. O público atendido são micro e pequenas empresas e microempreendedores individuais (MEIs) mais afetados pela pandemia, que têm como benefícios parcelamento longo com a isenção dos juros. O programa ajuda principalmente na retomada do setor de serviços e a maior dificuldade para as empresas é a apresentação de certidões negativas.

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O programa é operado pelo Badesc e o BRDE. Até agora, o Badesc fechou 535 operações de crédito e tem mais 112 em análise. Juntas, elas somam a liberação de R$ 55,1 milhões. A instituição considera elevada a procura e a liberação dos recursos vai começar esta semana. 

O BRDE informa que fechou até agora 130 contratos que somam R$ 10,55 milhões. Empresas de 46 municípios solicitaram esses empréstimos para a instituição e os maiores números são das regiões Oeste e Vale do Itajaí.

A linha é direcionada para micro e pequenas empresas de setores mais afetados pela pandemia, em especial os serviços como turismo, evento, transportes e educação. O prazo para solicitar é até 31 de dezembro ou enquanto durarem os recursos. O Estado disponibilizou R$ 1 bilhão, incluindo os juros que ele pagará nas operações.

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A presidente da Federação das Associações de Micro e Pequenas Empresas do Estado (Fampesc), Rosi Dedekind, disse que a procura está alta. O principal obstáculo, segundo ela, é que a empresa tomadora de recursos precisa ter certidão negativa junto ao município e ao governo federal, porque o Estado liberou essa exigência.

Quem tem dívida de impostos federais e precisa acertar, terá que esperar mais um pouco, porque a câmara dos deputados não aprovou ainda o programa de parcelamento de dívidas de empresas afetadas pela pandemia. O Refis estadual está em vigor e vai até a próxima terça feira (31).

Muitas empresas afetadas pela pandemia tiveram que fechar as portas, mas uma parte segue ativa e, com esse auxílio emergencial, terá como retomar maior ritmo de atividades, ajudando a reduzir o problema da queda de renda no Estado. Reportagem recente da NSC mostrou que a pobreza nas grandes cidades catarinenses cresceu até 30% durante a pandemia. E o crédito acessível ajuda principalmente na geração de empregos do setor de serviços, reduzindo esse problema social.