Em meio à aceleração da inflação para o setor de energia, consumidores e distribuidores de gás natural em Santa Catarina decidiram recorrer ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) para evitar um aumento da ordem de 48% nas tarifas em janeiro. A decisão de recorrer a essa instância superior é uma iniciativa conjunta da da Infragás, SCGás, governo do Estado e Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc).
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O presidente do conselho da Infragás, Antônio Marcos Schroth, explica que os resultados positivos que a Petrobras vem alcançando, com lucros elevados, demonstram que seus produtos poderiam ser mais competitivos. Segundo ele, não se justifica penalizar a indústria brasileira com um aumento expressivo que prejudica a produção e causa inflação ao consumidor.
A Infragás, empresa que reúne os grandes consumidores de gás natural em SC, destaca que neste ano, no reajuste de julho, as tarifas já subiram 36,57% para a indústria. Atualmente, o metro cúbico do insumo para o setor sai por R$ 2,33 e o peso no custo total de produção varia de 18% a 22%.
Indústrias cerâmicas, que são as maiores consumidoras e oferecem cerca de 12 mil empregos diretos em SC, informaram que a alta do meio do ano gerou aumento de 10% nos custos dos produtos. Se for aplicado, o novo aumento vai elevar os custos em mais 8,6%.
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Projeção de alta de 48% para o gás natural preocupa a indústria de SC
A decisão de recorrer ao órgão responsável pelo zelo à concorrência é porque nesse caso, há um monopólio no fornecimento do insumo vinculado à política comercial da Petrobras. A expectativa é reverter essa situação em 2022, quando haverá a abertura do mercado para o insumo.
Com o mercado livre, cada empresa poderá adquirir gás natural nos mercados interno ou externo. SC é atendida atualmente por um único fornecedor, o Gasbol, com 2,2 milhões de metros cúbicos por dia. Com a inauguração do Terminal de Gás Sul (TGS), de gás liquefeito, prevista para meados de abril próximo, a oferta vai mais
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