Nesta sexta-feira, o IBGE encerrou a divulgação da série de pesquisas mensais de setembro sobre os serviços, o comércio e a indústria. Os números de Santa Catarina mostraram volatilidade, refletindo fortes impactos da inflação alta e outros problemas que afetam a economia brasileira.

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A pesquisa sobre serviços mostrou que o setor, no Estado, teve alta em volume de 0,3% em setembro frente ao mês anterior na série com ajuste sazonal, enquanto, no Brasil, o setor recuou -0,6% nessa mesma comparação. Em relação ao mesmo mês do ano passado, o setor cresceu 11,9% no Estado. A maior alta foi nos serviços para as famílias (hotéis, restaurantes e bares), de 23%, seguida por transportes, 15,3%. No acumulado de 12 meses, o setor cresceu 13,1%.

O comércio catarinense, mais uma vez, apresentou resultado negativo em função da inflação. Segundo o IBGE, o setor recuou 3,6% em setembro frente ao mês anterior em volume, na série com ajuste sazonal. A queda foi bem menor do que o recuo de de 10,3% no mês anterior, nessa comparação, após alta de 12,8% em julho, chamando atenção pela alta volatilidade. O varejo ampliado, que inclui veículos e materiais de construção, recuou 2,4% em setembro frente a agosto.

Em SC, as principais quedas frente ao mesmo mês de 2020 no comércio, em volume, foram nas vendas de combustíveis (-3,3%), supermercados e hipermercados (-0,6%), móveis e eletrodomésticos (-23%). A maior alta foi nas vendas de produtos farmacêuticos, de 13,2%.

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E a pesquisa sobre produção industrial mensal, apurou que no Estado houve queda de 0,5% em setembro frente a agosto, na série com ajustes, sendo a sétima queda do ano nessa comparação. A média do Brasil também foi de retração, embora um pouco menor, de 0,4% no mesmo indicador. Contudo, no acumulado do ano, a indústria catarinense liderou crescimento nacional, com alta de 18,1%.

A expectativa é de que esses resultados mensais variáveis em Santa Catarina se repitam nas próximas pesquisas do IBGE, embora com números um pouco melhores do que a média nacional em função do perfil econômico do Estado, que tem setores industriais líderes no Brasil e que também exportam.

As dificuldades são diferentes para cada setor. Enquanto a indústria enfrenta preços altos de fornecedores e falta de algumas matérias-primas, os serviços ainda sofrem com a pandemia e o comércio, com a alta quase generalizada de preços. Mas os impactos da inflação elevada, resultante, principalmente, da alta dos combustíveis, energia e câmbio, seguirão nos próximos meses afetando todos os setores porque custos maiores tiram o poder de compra dos consumidores.