A consolidação do ensino a distância (EAD) com a pandemia motivou a necessidade de fortalecer também infraestruturas físicas para os estudantes terem espaços para as aulas presenciais, embora em menor quantidade nas grades dos cursos. Por isso acaba de ser fundada a Associação Brasileira de Polos de Ensino a Distância, a ABPolos, que já nasce representando 151 polos que atendem 120 mil estudantes. A entidade surgiu dentro da Uniasselvi, em Santa Catarina, e tem como presidente o executivo da instituição, Bernardo Knabben.

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– O grande motivador dessa associação é enfrentar os novos desafios do mundo pós-pandemia de uma maneira muito mais profissional, mais competente, para que a gente possa atender, de forma mais próxima, as necessidades dos nossos alunos e levar isso para as nossas parceiras, que são as instituições de ensino. O objetivo também é que a gente consiga se profissionalizar mais e fazer compras coletivas para melhorar a eficiência, reduzir custos e garantir a sustentabilidade dos polos frente ao cenário de concorrência bastante elevada – explica Knabben.

A Uniasselvi, que está abrindo capital na bolsa americana Nasdaq, sentiu a necessidade de fortalecer os seus polos para aulas presenciais e decidiu abrir para a participação de outras instituições porque a necessidade de oferecer infraestrutura de qualidade é geral no país, explica o executivo. Segundo ele, o número de polos para EAD cresceu no país principalmente a partir de 2017 quando o Ministério da Educação precisou cumprir as metas do Plano Nacional de Educação. Isso permitiu quase triplicar as unidades existentes no Brasil. Esses espaços para atender estudantes podem ser próprios das universidades ou franquias parceiras. Essas avançam mais porque exigirem menor investimento para implantação.

Existem dois modelos de ensino a distância. Um que é mais focado no online, com menos encontros com os estudantes, e os semipresenciais, que oferecem aulas uma vez por semana, e que agora é chamado de ensino híbrido. De acordo com Knabben, a Uniasselvi é líder nacional nesse mercado de ensino semipresencial.

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A ABPolos tem entre os objetivos mostrar a relevância dos polos para a educação, para o desenvolvimento humano e socialização dos estudantes. O plano também é colaborar para promover melhoria nas áreas de gestão comercial e operações, visando redução de custos.

Em 2019, o Ensino a Distância cresceu 35% no país e neste ano, apesar da pandemia, cresceu 20%. No período de 2009 a 2018, o segmento cresceu 145%. Como o isolamento social forçou o hábito de estudar em casa, a expectativa é de que isso vai ajudar para um salto ainda maior na procura por cursos semipresenciais, observa o executivo. O crescimento está muito ligado à necessidade de estudar e trabalhar ao mesmo tempo. Outras vantagens de estudar por EAD é que o custo das mensalidades são menores e as despesas de transporte, alimentos e outras também caem.