Empresa líder na produção de compressores de ar nas Américas e também em componentes fundidos destinados aos segmentos de transportes pesados, a Schulz SA, de Joinville, Santa Catarina, está celebrando 60 anos completados em 12 de junho. Essa liderança com faturamento bilionário foi conquistada com produtos competitivos, qualidade, investimentos em pesquisa, inovação e com a Escola Schulz de Educação Corporativa para formar e capacitar os colaboradores, destaca o fundador e presidente da companhia, Ovandi Rosenstock.
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Entre os eventos para marcar o aniversário, a Schulz foi homenageada com uma sessão solene da Assembleia Legislativa na Associação Empresarial de Joinville (Acij) dia 7 deste mês, e realizou uma confraternização na empresa, em Joinville, para os mais de 3,5 mil colaboradores.
Uma das cinco maiores empresas do município, a Schulz encerrou 2022 com receita líquida de vendas de R$ 2,1 bilhões, 23% maior que a do ano anterior, faturamento de R$ 2,5 bilhões, 24% superior na mesma comparação. O lucro líquido avançou 40% e chegou a R$ 270 milhões.
Nesta entrevista exclusiva, Ovandi Rosenstock fala sobre como foi o início das atividades da empresa fundada por jovens, avanços conquistados na trajetória e liderança global, mais tarde, em uma linha de compressores. Confira a seguir:
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Como a Schulz chega aos seus 60 anos?
– Na realidade, a empresa chega aos 60 anos sempre apostando nas pessoas, que são o nosso grande patrimônio. Para que possamos ter pessoas motivadas e com ampla visão no que diz respeito aos seus cargos, precisamos investir em treinamentos contínuos com foco nas formações, capacitações e desenvolvimento dos times gerando assim valor a cada profissional e a organização como um todo. Internamente investimos em nossa Escola Schulz de Educação Corporativa, que foi eleita pelo Senai, em Brasília, como a melhor do Brasil, sendo que 88% dos nossos colaboradores passaram por ela no ano passado. A Escola Schulz tem como objetivo transformar vidas por meio da aprendizagem, fazendo com que possamos formar, capacitar e desenvolver nossos colaboradores para que cresçam em suas carreiras e contribuam sempre para melhores resultados na companhia.
Capacitando as pessoas, nós chegamos aos 60 anos, fortes, saudáveis financeiramente e tecnologicamente atualizados. São poucas empresas que alcançam isso, com uma indústria focada no conceito 4.0 atualizada, com uma robustez financeira extraordinária, em condições de expandir e alinhado com o Planejamento Estratégico.
Estamos muito bem, temos uma equipe super motivada, equipamentos de última geração, sempre trabalhando e olhando para frente. E foi isso que nos levou aos 60 anos, e que deverá nos conduzir nos próximos 60 anos. No Ágora Park (ecossistema de inovação no Distrito Industrial em Joinville), em célula avançada, temos uma equipe grande com engenheiros mestrados e doutorados que olham e estudam as tendências do nosso futuro, pesquisando mercados, tendências e produtos novos, continuadamente.
Já sabemos as demandas correntes e novos produtos e clientes para os anos de 2026, 2027 e 2028, que é até onde vai o nosso PE (planejamento estratégico), por enquanto. Nós inauguramos o nosso CD (Centro de Distribuição) que é considerado o mais alto do país, com um pé direito de 18 metros, e lá estão estoques estratégicos de peças para podermos garantir o cronograma de entrega e produção para nossos clientes. Acabamos com os estoques intermediários dentro da fábrica, e tudo está automatizado, com equipamentos e sistemas integrados, vindos da Alemanha. Ele foi inaugurado agora em junho, para marcar os nossos 60 anos, um investimento de mais ou menos R$ 40 milhões.
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Sobre o centro de pesquisas, são quantas pessoas que trabalham e o que vocês pesquisam?
– Temos, hoje, uma equipe de 30 pessoas que só faz pesquisas. Pensando em tudo o que está acontecendo e o que pode acontecer nos segmentos que atuamos e/ou que vamos atuar, no mundo todo. Participamos de feiras, de tudo que se possa imaginar, no Brasil, na Europa, nos Estados Unidos, nos países orientais. Essas pessoas buscam o que o nosso cliente precisa e o que ele possa vir a precisar daqui a dois, três anos.
É assim que nós trabalhamos e desenvolvemos os nossos produtos. Por exemplo, lançamos um compressor de parafuso de 100, 150 e 200 HP completamente isento de óleo. Somos a única empresa genuinamente nacional que produz com esta tecnologia. Um produto que é muito utilizado pelas indústrias farmacêuticas, indústrias de alimentos e nas demais necessidades que precisam de ar comprimido isento de óleo.
Um dos destaques da empresa é na área de inovação, com a conquista de prêmios. Vocês reservam percentual específico para investimento na área de inovação?
– Conquistamos muitos prêmios de inovação, o último deles foi da John Deere, como melhor fornecedor, entre 650 fornecedores do mundo todo, no ano passado, em logística, geração de valor e qualidade, os três fatores que foram avaliados. Também do Grupo Paccar, que no Brasil é a DAF Caminhões, fomos eleitos no ano passado o melhor fornecedor na Europa e no Brasil.
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Sempre investimos de 2% a 3% da receita líquida, todos os anos, em pesquisa e desenvolvimento. É a verba que destinamos especialmente para isso.
A Schulz é uma indústria bilionária. Como foi o primeiro trimestre deste ano em crescimento?
– A despeito de tudo, o primeiro trimestre deste ano foi ótimo, um dos melhores da nossa história, com um crescimento em Ebitda de 21,78% e do lucro líquido em 15,47%. Nossa empresa realmente se diferenciou das demais, fruto do esforço de um time comprometido e com muita sinergia. Isso se chama “gestão” no sentido mais amplo das palavras.

Voltando um pouco na história desses 60 anos, como é que foi o início da Schulz? O sr. participou do início da empresa?
– A história da empresa é muito interessante. O sr. Heinz Schulz, que é de onde vem o nosso nome, era egresso da Fundição Tupy, onde foi técnico metalúrgico. Eu era um jovem com 18 anos, Gerente Geral de Vendas da maior fábrica de espulas e lançadeiras da América Latina. Um dia O sr. Heinz chegou onde eu trabalhava e disse: “Ovandi, eu sei produzir, você sabe vender. Vamos montar uma empresa?”
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Como eu aceitei o convite, ele também convidou um grupo de amigos, entre eles o filho mais velho dele, o Gert Heinz Schulz. O filho mais jovem Waldir Carlos Schulz, na época também estava lá, porém não podia participar daquele momento, porque tinha apenas 13 anos. Hoje o sr. Waldir Carlos Schulz é nosso presidente do Conselho de Administração, vice-presidente da Schulz SA e meu parceiro de todas as horas, de todos os dias há mais de 50 anos. Hoje eu sou presidente da Schulz SA e vice-presidente do Conselho de Administração.
Nós iniciamos assim, muito modestamente com as nossas operações. Ele (Heinz) tinha uma fundição, fazia panelas de alumínio. Depois ela foi transformada em uma fundição de ferro fundido. Em julho daquele mesmo ano (1963), viajei para o Rio de Janeiro e voltei de lá com a ideia de fabricarmos os nossos próprios produtos, porque nós fazíamos produtos para terceiros. Fui na Mesbla do Rio e trouxe na mala os tornos de bancada, do número 0 ao número 8, que foram os nossos primeiros produtos. E assim começou.
Depois, resolvemos diversificar com produto que tinham mais valor agregado. E aí, em 1972, lançamos pequenos compressores de ar de meio e de 1 HP. Nós tínhamos vários concorrentes na época. Aqui mesmo em Joinville tinha dois, outros dois em Porto Alegre, São Paulo e um no Rio também.
Mas os nossos compressores fizeram um enorme sucesso. Nascemos para ser líderes e esse já foi nosso propósito inicial, com o tempo, a concorrência foi desaparecendo do mercado e adquirimos 100% do controle da Wayne uma multinacional do Grupo Dresser Industrie dos Estados Unidos que possuía fábrica no Rio de Janeiro.
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O mesmo aconteceu com os tornos de bancada. O nosso principal concorrente, era do grupo Somar, que atuava na região de Itu e Jundiaí, em São Paulo, e fazia também outros produtos para o setor metalmecânico.
Em 1972, passados 9 anos da nossa fundação, nós adquirimos 100% do controle acionário da empresa e a transferimos para as nossas instalações provisórias em Joinville. Em 2009, ela foi totalmente absorvida pela Schulz, e hoje ela está dentro do mesmo grupo, da mesma planta industrial. E assim nós fomos evoluindo.
Em 1991, lançamos os compressores de parafuso, com uma tecnologia de última geração, e hoje somos líderes no Brasil em compressores de parafuso, que vão de 5 a 250 HP. Em 1980, nós entramos para a área automotiva, começamos de forma pequena, no setor de autopeças, e o nosso primeiro cliente, que mantemos até hoje, foi a Mercedes Benz do Brasil.
A gente fala muito em compressor, mas as pessoas não sabem muito bem o que é e para que serve um compressor?
– Um compressor é utilizado nas indústrias de pequeno, médio e de grande porte. Também em empresas ou serviços de pintura, oficinas mecânicas, postos de serviços, para as indústrias têxteis em teares a jato de ar. O compressor tem muitas finalidades, inclusive na pecuária, na ordenha mecânica para tirar leite, e em tudo aquilo é feito por um sistema pneumático movido a ar comprimido.
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O compressor é utilizado em múltiplas tarefas, desde algo simples, como pintar um muro ou a parede de sua casa, até na indústria que exige a mais alta tecnologia, como a metalmecânica, automotiva e fundição. O ar comprimido é indispensável para uma grande gama de atividades.
No que diz respeito aos compressores, a Schulz tem, hoje, 8 mil distribuidores e 750 postos de assistência técnica espalhados pelo Brasil. É a maior rede em um único país e também a maior no mundo. Nós somos os maiores nesse segmento, e isso é distribuído de tal forma que a empresa tem uma atividade comercial de baixo risco, porque nenhum cliente representa mais do que 2,0% do faturamento. Ou seja, é muito bem distribuído o marketing para que a gente não fique concentrado e dependente de poucos clientes. Isso nos garante passar por momentos difíceis de mercado sem arranhão.
Vocês são a maior empresa do mundo de compressores?
– A maior é a Atlas Copco, da Suécia, que existe há 140 anos. Eles são líderes mundiais em compressores de parafuso, mas nós somos líderes na América Latina, em compressores de pistão. Temos todas as certificações que existem para o setor de compressores, ISO9001, 14001, ATF 16949, pois sem elas a gente não consegue vender nos mercados internacionais.
A certificação ASME dos Estados Unidos (norma adotada para a regulamentação da American Society of Mechanical Engineers), para os tanques e reservatórios de ar, nós obtivemos já em 2001. Ninguém tem ela, além de nós, no Brasil. Sem ela não conseguimos vender os nossos compressores de pistão nos Estados Unidos.
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Qual é a presença da Schulz no mercado internacional?
-Nós vendemos para 70 países. Recentemente construímos um CD próprio em Atlanta, na Georgia, Estados Unidos. Temos outros CDs para indústria automotiva na Suécia, nos Estados Unidos, no Canadá e na França.

A Schulz planeja abrir fábrica no exterior? Quais são os planos futuros?
– Já temos uma fábrica em Shanghai da Divisão Compressores, produzindo produtos para a matriz e a filial dos EUA. Hoje somos uma multinacional brasileira, na realidade. Tudo sai daqui e é exportado através dos portos de Navegantes e de Itapoá. Nosso CD, que é próprio lá nos Estados Unidos, tem sempre estoque para pronta entrega, e tudo funciona automaticamente e integrado pelo sistema, com as transferências da matriz para a filial, o que é vendido na filial, as entradas das transferências, tudo com muita agilidade, facilidade e segurança.
E com isso nós estamos ganhando mercado, porque ninguém tem essa quantidade de produtos para pronta entrega. Essa nossa ousadia, foi muito importante, pois com isso crescemos no ano passado, 20% em dólar nos Estados Unidos, e neste ano vamos crescer outros 15% em dólares a partir da nossa Schulz of America.
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Quanto a ter outras fábricas no exterior, avaliamos o que está no horizonte e que faça sinergia aos nossos negócios. Por exemplo: temos a Alemanha, que é o berço da tecnologia. Lá se produz mais caro, pois o regime de trabalho é de apenas 35 horas por semana, enquanto que no Brasil se trabalha 44. Então, hoje a Alemanha, que é o berço da tecnologia, inclusive de fundição, tem os seus custos muito elevados, então, por enquanto, ficamos como estamos.
O futuro eu não posso saber agora, mas se em algum momento, essa demanda for necessária para nos garantir um resultado melhor, estamos preparados com pessoas e equipe para poder fazer o que for necessário fora do país. Hoje somos competitivos, mesmo fornecendo do Brasil, colocando nossos produtos no local em que o cliente desejar, ou usando nossos 5 depósitos alfandegados, localizados no Canadá, EUA, Alemanhã e Suécia, com resultados dentro das nossas políticas comerciais.
Como está o desempenho da empresa no setor de autopeças, que é outro pilar forte dela?
– Hoje somos referência no mundo em componentes fundidos usinados e pintados para o seguimento de transportes pesados, implementos agrícolas e construção. Somos considerados o melhor fornecedor global. Nós fundimos, nós usinamos, nós pintamos por um sistema de pintura especial, nós pré-montamos, nós montamos as peças mais complexas para caminhões pesados, para máquinas pesadas para estrada, tipo Caterpillar, e para o setor agrícola, tipo John Deere.
Nós fornecemos componentes para os caminhões DAF da filial de Curitiba e da matriz na Holanda. Para a Mercedes Benz, fornecemos para São Paulo e para Alemanha. Volvo para o Brasil, Estados Unidos e Europa. Scania para o Brasil e Europa. Caterpillar para o Brasil e os Estados Unidos. John Deere para o Brasil e os Estados Unidos.
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E assim vamos atingindo nossos objetivos do Planejamento Orçamentário e Estratégico. Nós fornecemos valor para todos os nossos clientes, através dos nossos produtos. A Caterpillar, por exemplo, só tem três fornecedores no mundo todo com certificação classe ouro, e a Schulz SA, está entre eles (fornecedores). Com essa certificação, nós vendemos para a Caterpillar nos Estados Unidos e na Europa, e até para a China.

Voltando a falar sobre pessoas, quantos empregos diretos vocês oferecem em Joinville? Tem expectativa de crescimento desse número?
– Hoje, temos 3.500 pessoas no grupo, incluindo as 4 plantas industriais de Joinville, a filial de vendas nos EUA e a nosso fábrica em Xangai. Nossa expectativa é crescer esse contingente, a partir de janeiro do próximo ano, no mínimo 10%. Deveremos ir para umas 3.800 a 3.850 pessoas, trabalhando em três turnos.
Qual é o valor total de investimento para este ano?
– Nós aprovamos, em março deste ano, para 2023, um total de R$ 207 milhões para investimentos destinados à área de tecnologia, novos produtos, aumento de produção, qualidade, equipamentos de última geração, ampliação de fábrica e depósitos, como já mencionei o nosso CD que inauguramos este ano.
É nesta linha que pretendemos direcionar os investimentos, sempre com um retorno sobre investimento (ROI) e fluxo de caixa atendendo os nossos objetivos de resultados. Nós monitoramos todos os investimentos que são liberados. Nós não investimos R$ 1 sequer se não ficar comprovado a viabilidade desejada, contemplando o tempo do retorno do capital investido.
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Quantos parques fabris vocês têm em Joinville?
– Temos dois, um na Rua Dona Francisca, onde estamos desde 1978. Outro oriundo da aquisição e incorporação da Somar, hoje a Usinagem II da Automotiva, com 40 mil metros quadrados de área construída. Também compramos o imóvel da Metalúrgica Vitória, que é contíguo ao nosso da fábrica II, uma área de 25 mil metros quadrados.
Para atender esta planta, também adquirimos outros dois terrenos, um contíguo ao que hoje temos, e outro para atender as necessidades de estacionamento dos nossos funcionários. É lá que estamos expandindo, é onde estão as máquinas de última geração.
Como destaque, um dos nossos centros de usinagem tem 40 metros de comprimento, é o único no país com esse tamanho. Ele recebe as peças, usina simultaneamente, apenas com dois operadores – um que alimenta e a outro que recebe as peças completamente prontas. Só existe uma máquina dessa no Brasil, e ela está aqui na Schulz.
Como é que vocês estão comemorando os 60 anos da empresa?
– Comemoramos aqui na matriz, com toda a equipe interna, sem deixar de lembrar dos demais funcionários lotados nas diversas filiais. No dia 30 de junho, nós fizemos um almoço especial com todos os colaboradores. No dia 7 de julho, a Assembleia Legislativa fez uma sessão especial em Joinville, dentro da Associação Empresarial de Joinville (Acij), homenageando 26 pessoas da Schulz, a diretoria e os colaboradores com mais tempo de casa. O Prefeito e deputados estiveram no evento, com a presença de mais de 300 pessoas.
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O sonho de Heinz Schulz, há 60 anos, agora é uma realidade e um sucesso. Como era ele?
– Foi o grande mentor dessa ideia, infelizmente não conseguiu ver como ficamos grandes e pujantes. Era um empreendedor nato e sempre teve um grande relacionamento comigo. Ele me procurou e, a partir daí, já saiu a Metalúrgica Schulz S/A. E, em outubro de 1994, nós nos transformamos numa companhia de capital aberto, com ações na bolsa de valores, hoje a B3.
No início éramos sete sócios: o seu Heinz Schulz e o seu filho Gert, eu e mais o Ronald Braatz, o Herbert Theilacker, o Norberto Rtizmann e o Guilherme Urban. Dos fundadores remanescentes, somos somente dois: Eu como presidente e o Gert Heinz Schulz como membro do Conselho de Administração.
Com o tempo, esses últimos foram se afastando da empresa, vendendo as suas participações. Ficamos eu e os filhos do sr. Schulz. Mas ele sempre depositou em mim uma enorme confiança, e dirigimos juntos a empresa com muitos desafios vencidos, e sempre outros a serem vencidos com perseverança e união, honestidade, sensibilidade, caráter e muita idoneidade.
Ele foi o grande articulador disso tudo, mas infelizmente, faleceu muito jovem e não viu o nosso crescimento, a grandeza do que nós somos hoje. Sem que ele pudesse ver, essa semente que ele plantou, hoje está presente em 70 países e somos o quinto faturamento entre mais de 5 mil empresas da cidade de Joinville.
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Nem eu mesmo imaginava que seríamos tão grandes, como somos hoje. Sempre fui um tanto quanto visionário, lançando nos nossos compressores de ar em 1972, e em 1982, 10 anos depois, já éramos líderes no Brasil em compressores de pistão. Nascemos para sermos líderes, e essa foi a realidade da empresa até agora.
O senhor é presidente da empresa desde quando?
– Fui diretor comercial, depois diretor superintendente e, desde 1996, sou presidente da empresa. Por uma questão de honra, a dona Ernna, viúva do senhor Heinz, foi a presidente durante um período. Depois esse bastão foi passado para mim.
A honrada família Schulz é formada por pessoas muito dignas, e a confiança que o sr. Heinz depositou em mim, sempre foi mantida e incentivada com o apoio incondicional, razão para o nosso sucesso comprovado
Mas já faz 17 anos que nós profissionalizamos 100% a companhia. Cada área tem uma diretoria. Entendemos que, para crescer, é preciso delegar, e foi isso que fizemos. Então, temos uma diretoria operacional composta de três membros – um diretor para divisão automotiva, um diretor para divisão de compressores, um diretor administrativo e financeiro, que são apoiados por seus respectivos superintendentes comerciais, gerentes de venda. Há um organograma operacional eficiente, com excelentes profissionais capacitados e sempre treinados, contemplando os requisitos obrigatórios de cada cargo na atual estrutura, de forma a garantir a perpetuidade de nossa Schulz SA.
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