O arroz e o feijão, dupla preferida do cardápio brasileiro, estão com preços estáveis e a expectativa de que devem continuar assim em 2022 porque há equilíbrio entre oferta e demanda e, por enquanto não existe problema climático. A informação é do presidente do Sindicato das Indústrias de Arroz em Santa Catarina (Sindarroz-SC), Renato Franzner. Significa que esses produtos não estarão pressionando a inflação no próximo ano. Atualmente, a saca de arroz de 60 quilos está em torno de R$ 60, após superar R$ 100 no final de 2020.
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Conforme Franzner, pode haver queda de preço em torno de 10% na safra e, além disso, existe a influência da variação cambial. Mas como o dólar segue em torno de R$ 5,6 e não há estimativa de falta de produto, a expectativa é de preço estável.
O feijão está com preço entre R$ 230 e R$ 250 por saca de 60 quilos nas lavouras e deve continuar nessa média. São três safras do cereal por ano no Brasil, acontecem algumas variações, mas existe um equilíbrio, isto é, um certo alinhamento com o retorno ao produtor em relação a outros dois importantes cereais, o milho e a soja, explica Franzner.
O empresário acompanha de perto também o mercado de feijão no Brasil porque é sócio da Urbano Agroindustrial, de Jaraguá do Sul, uma das maiores cerealistas do país, que atua com arroz e feijão.
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Segundo ele, em média, o brasileiro consome 34 quilos de arroz, que corresponde ao dobro do consumo do feijão, que fica em 16 quilos por ano.
Apesar de o país registrar mais famílias na pobreza, ele disse que o mercado desses dois cereais está com vendas semelhantes às de outros anos em volume, o que indica que a maioria está conseguindo adquirir o produto, muitas vezes optando pelas marcas de menor preço.