Eventos climáticos como chuvas e secas não deram trégua para a produção agrícola de Santa Catarina em 2022. Apesar disso, algumas culturas conseguiram aumento de produção, como o trigo, cebola e alho, apurou a Epagri, empresa de pesquisa agrícola e extensão rural do Estado.
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SC colheu em 2022, um total de 480,1 mil toneladas de trigo, 38% mais do que na safra anterior, quando chegou a 347,8 mil toneladas. A produção maior dessa cultura de inverno foi possível porque o clima ajudou e, também, porque os agricultores do Estado ampliaram em 36% a área plantada, contando com apoio do governo estadual. Foram cultivados 139,7 mil hectares no ano.
Segundo a Epagri, nos últimos seis anos a produção de trigo no Estado cresceu 196%. Já o preço caiu no final do ano passado. Em dezembro, estava em R$ 90,43% por saca de 60 quilos, o que significa queda de -5,33% frente ao mês anterior. No ano, os preços subiram 4,3% frente aos praticados em 2021.
O ciclo da celoba, que acontece um pouco mais tarde, está na fase final da colheita. Neste ano, foram produzidas em SC mais de 514 mil toneladas, 3,6% mais do que as 496 mil toneladas do ano anterior.
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Conforme a Epagri, o Estado responde por 30% da produção dessa hortaliça. Como está em plena safra, os preços médios estão inferiores aos praticados no mês de novembro.
SC encerrou a colheita da safra de alho de 2022, que chegou a 16,2 mil toneladas, segundo estimativas da Epagri. A área plantada alcançou 1.490 hectares, com produtividade de 10.873 quilos por hectare.
Tanto a cebola, quanto o alho são comercializados principalmente no primeiro semestre do ano. Além da produção nacional, o Brasil importa esses produtos, principalmente de países da América Latina.
Outro fato positivo destacado pela Epagri na agricultura foi o aumento da produção de milho silagem previsto para a safra 2022/2023. As condições climáticas estão permitindo a recuperação da produção desse milho, que impulsiona o setor de proteína, principalmente de carne bovina e leite.
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Conforme a empresa, a produtividade estimada é de 39,9 toneladas por hectare de massa verde. Na safra anterior, devido à forte seca, ficou em apenas 27,6 toneladas por hectare. Além de regiões produtoras tradicionais como Chapecó e São Miguel do Oeste, Tijucas e Tabuleiro estão ganhando destaque nessa cultura.
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