O desempenho do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil em 2018, com alta de 1,1%, repetindo o resultado de 2017, mostra que a economia do país segue em baixa atividade à espera da reforma da Previdência. O crescimento alcançado resulta de alta de 0,1% da agropecuária, 0,6% da indústria e 1,3% dos serviços, totalizando R$ 6,8 trilhões. O PIB oficial dos Estados sai dois anos depois, mas a prévia realizada pelo Banco Central, o Índice de Atividade Econômica Regional (IBCR-SC) cresceu 2,47% em 2018 mostrando que a economia catarinense teve expansão mais do que o dobro da nacional no mesmo período após alta de 4,1% em 2017 no mesmo índice.

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A prévia do BC para o Brasil ficou em 1,15%, bem perto do PIB real. Entre os dados divulgados pelo IBGE que mais expressam as razões pelas quais o Brasil segue com crescimento tímido está a taxa de investimentos, que mostra o quanto de capital foi destinado à produção. No ano passado, ela ficou em apenas 15,8% do PIB, um pouco melhor do que no ano anterior quando fechou em 15%. Mas o ideal para crescer pelo menos 3% ao ano é uma taxa de investimento de 24% a 25% do PIB.

A indústria de transformação teve queda de 1% ano passado, mas atividades de eletricidade, gás, água, esgoto e gestão de resíduos, todas que impactam na indústria catarinense, cresceram 3,9%. O ano de 2018 foi mais um em que o Brasil começou com otimismo para o crescimento econômico, mas terminou com resultado pífio. Em dezembro de 2017, as previsões do Boletim Focus eram de que a economia cresceria em 2018 algo como 2,6%, mas fechou com menos da metade disso.

Com a eleição de Jair Bolsonaro, o mundo econômico começou mais otimista 2019, pelo menos sem previsão de recessão para 2020. Contudo, há o risco de repetir os dois anos anteriores. As projeções começaram com alta de 2% a 3% do PIB e estão baixando à medida que o governo segue com dificuldades políticas para aprovar a reforma da Previdência, considerada fundamental para ajustar as contas públicas, atrair investidores e, assim, e fugir de novas crises em breve.

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