Embora em menor ritmo, a inflação catarinense subiu em maio 0,42%, puxada por alimentos, apurou a Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc Esag), por meio do cálculo do Índice de Custo de Vida (ICV). Desta vez, os transportes ajudaram a puxar a variação para baixo. No acumulado do ano, o índice apurou alta de 3,16% e em 12 meses, 3,47%. No mês anterior, abril, a inflação chegou a 0,65%.

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O grupo de alimentos e bebidas, que pesa 21,61% no índice, subiu 1,01%. Os alimentos em casa tiveram alta de 0,61%, puxados por tubérculos e legumes (3,5%). As maiores altas foram no preço do morango (22,64%) e da cebola (16,31%). As refeições fora de casa também pesaram, com alta de 1,61%. As carnes, que pesam no orçamento, tiveram retração média de -0,49%.

Normalmente vilão, o transporte, sob impacto de combustíveis, puxou a inflação de Florianópolis para baixo desta vez. O grupo teve queda de -1,27% em maio. Isso porque os combustíveis para veículos recuaram -2,90% com a queda da gasolina e o transporte público caiu -3,34% em função da retração de 13,17% das passagens aéreas.

Também tiveram retração os grupos apurados pela Udesc de habitação (-0,37) sob influência da redução do preço do gás de cozinha, despesas pessoais (-0,48%) e educação (-0,16%).

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Entre os grupos que ajudaram a puxar a inflação para cima estão artigos de residência (3,86%), saúde e cuidados pessoais (2,17%), comunicação (1,39%) e vestuário (0,12%).

Argumentos do BC

O levantamento da Udesc Esag mostra a força, ainda, de alguns núcleos inflacionários, que seguem em alta. Um deles é o de serviços. O grupo de saúde e cuidados pessoais subiu 10,37% nos últimos 12 meses em Florianópolis, 4,07% no acumulado deste ano e 2,17% no mês passado.

A educação acumula alta de 8,50%, a segunda maior nos últimos 12 meses, com 6,44% este ano e -0,16% em maio. A terceira maior alta é de alimentos, com 6,56% em 12 meses, 3,14% este ano e 1,01% em maio.

Também preocupação de sempre, o transporte recuou -3,15% em 12 meses, subiu 3,73% este ano e caiu -1,27 em maio. Entre os argumentos principais usados pelo BC para não baixar os juros estão a alta de preços dos serviços e elevada demanda por crédito.

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