Produtores de soja de Santa Catarina estão preocupados com os novos prazos para plantio da safra de verão de soja estipulados pelo Ministério da Agricultura, por meio da portaria número 840. Segundo essa norma sanitária federal, os agricultores terão 100 dias, entre 20 de setembro e 29 de dezembro, para plantar soja. O objetivo é cumprir vazio sanitário para controlar a ferrugem asiática, uma das piores pragas da soja.
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O deputado federal Rafael Pizenti (MDB), está pressionando o ministério para ampliar o prazo até meados de fevereiro. Ele informou que apresentará um decreto legislativo para ampliar o prazo.
Mas a Cidasc, estatal catarinense que atua no controle da sanidade vegetal e animal, acredita que, a exemplo dos dois anos anteriores, os três estados do Sul poderão ter um período diferenciado para plantio de soja.
Segundo o gestor do Departamento Estadual de Defesa Sanitária Vegeral da Cidasc, Alexandre Mees, no início desta semana entrou em vigor uma alteração na portaria que trata da ferrugem asiática na soja, mostrando que o Ministério da Agricultura (Mapa) poderá fazer alteração nesse prazo.
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— Nossa tarefa é elaborar essa justificativa técnica para formalizar ao Ministério da Agricultura que mantenha o prazo de plantio até 10 de fevereiro — destaca Mees.
Tanto ele quanto o deputado Pizenti, que é da região agrícola de Petrolândia, Alto Vale do Itajaí, diversas propriedades precisam de prazo maior porque terão que colher culturas da primeira safra e preparar a terra e plantar a soja.
Nessa lista de primeira safra estão milho em grãos, milho silagem, tabaco, cebola e fumo. Conforme Mees, sem esse prazo maior, SC vai produzir 15% menos soja e muitas propriedades ficam inviáveis economicamente.
Ele explica que o ministério da Agricultura tem sido rígido em prazos de vazios sanitários porque a ferrugem é difícil de controlar e quanto mais defensivo se usa, parece que ela fica mais resistente.
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