Diante dos desafios impostos pelo novo coronavírus, a Associação Empresarial de Florianópolis (Acif) decidiu elaborar um plano de desenvolvimento para o pós-pandemia, denominado Pacto Floripa. Os estudos iniciaram em abril e estão sendo concluídos. Os setores prioritários serão tecnologia, saúde, educação e turismo, informa o presidente da entidade, Rodrigo Rossoni.
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A associação lidera grupos de trabalho sobre esses temas prioritários do pacto, contando com especialistas voluntários dos setores público e privado. Além disso, tem a participação da Falconi Consultoria, referência nacional em assessoria de gestão, com apoio institucional da Associação Catarinense de Tecnologia (Acate), do Sebrae-SC e da prefeitura de Florianópolis.
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– O resultado desse esforço será útil para outras cidades, mediante ajustes que respeitem as peculiaridades de cada região. A Acif reconhece a importância de oferecer um trabalho deste nível à sociedade, em um momento estratégico de recuperação coletiva – afirma Rossoni.
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Na avaliação da presidente da Falconi, Viviane Martins, que esteve na reunião aberta da Acif da última terça-feira (21), a vocação inovadora de Florianópolis é solução para os diferentes setores da economia do município. Ela cita telemedicina, ensino a distância e experiências turísticas virtuais como exemplos de atividades que colocam a cidade à frente nessa recuperação pós-pandemia.
Para o vice-presidente da Acif, Guilherme Ferla, o Pacto Floripa é um plano de propostas para o momento, mas também voltado para os desafios globais futuros, que já estão chegando.
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Iniciativas como esta da Acif e como o projeto Travessia, da Federação das Indústrias do Estado (Fiesc), são relevantes para ditar rumos e impulsionar a economia. Projetos anteriores em SC, com objetivo semelhante, trouxeram resultados positivos. Por isso, outras cidades deveriam aproveitar a oferta do presidente da Acif e levar esse pacto para os respectivos municípios, com as devidas adaptações.
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Recessão e impeachment
Crises políticas e econômicas facilitam impeachment no Brasil. Esses dois cenários estão presentes agora, no processo aberto para afastar o governador de SC, Carlos Mosisés (PSL). Quando o ex-presidente Fernando Collor sofreu impeachment, no final de 1992, ele estava de costas para o Congresso e o PIB havia caído -4,3% em 1990, crescido 1% em 1991 e recuado -0,5% em 1992. No afastamento da ex-presidente Dilma Rousseff, em 2016, também pesou a distância do Congresso e a recessão. O PIB do país caiu -3,5% em 2015 e -3,3 em 2016.
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O pior momento
O processo de impeachment contra o governador Carlos Moisés acontece no momento mais difícil da história do Estado em função da pandemia. Nesta fase, todas as atenções deveriam estar todas voltadas para resolver as crises na saúde, com perda de vidas, e na economia, com perdas de empregos e empresas. É claro que cabe ao Parlamento cobrar o cumprimento da lei, a punição de culpados, mas o sofrimento será maior agora. Essa crise política vai reduzir investimentos, tanto públicos quanto privados.
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