Fazer parcerias entre os setores privado, público e universidades para impulsionar o desenvolvimento econômico e social de Criciúma e região. Essa foi a mensagem do novo presidente da Associação Empresarial de Criciúma (Acic), Valcir José Zanette, na posse festiva realizada na noite desta segunda-feira, na sede da entidade.

Continua depois da publicidade

> Receba notícias de Santa Catarina pelo WhatsApp

Entre as autoridades presentes, o governador Carlos Moisés, o prefeito de Criciúma, Clésio Salvaro e o presidente da Federação das Associações Empresariais de SC (Facisc), Sérgio Rodrigues Alves.

A nova diretoria, com 21 integrantes, foi constituída com representantes dos principais setores econômicos locais para buscar um equilíbrio no apoio à economia e continuar o trabalho da gestão anterior, de Moacir Dagostin, explicou Zanette.

Projetos para apoio às pequenas empresas, educação, tecnologia e inovação, internacionalização de negócios, retenção e atração de empresas estão entre as prioridades da nova gestão. O empresário vê também uma transição suave para o setor carbonífero, que com as novas leis, tem até 2040 para se adaptar aos limites para preservação do clima.

Continua depois da publicidade

– Vamos atuar muito junto ao micro e pequeno empresário. Vamos oferecer mais informações para melhoria de gestão. Queremos que a microempresa se torne pequena e que a pequena se torne média. Esse segmento é bastante representativo na nossa economia – disse Zanette à coluna antes da posse.

Para a região avançar na educação, tanto no ensino fundamental quanto técnico, a nova diretoria conta com a colaboração de lideranças das duas universidades locais, a Unesc e a Satc. Outro setor estratégico que seguirá com ampla parceria com as universidades é o de tecnologia e inovação.

A Cidade do Conhecimento, que será instalada em terreno junto à Satc, é um dos principais projetos. O objetivo é sediar empresas inovadoras. Nos próximos dias, uma comitiva de Israel, que está ajudando a implantar o projeto, vai estar em Criciúma.

Agora que a região conta com mais infraestrutura porque a BR-101 está duplicada e o Porto de Imbituba opera com terminal de contêineres privatizado, a Acic vai trabalhar para que a região atraia mais atividade econômica. Zanette informa que a ampliação das exportações é um dos eixos prioritários da entidade. Mas o objetivo, também, é ampliar as atividades do porto.

Continua depois da publicidade

– Estamos conversando com o Porto de Imbituba. Acreditamos que ele tem condições de se desenvolver mais e, assim, atender as demandas das empresas da região – afirmou.

Nesse movimento está a atração de empresas de outras regiões ou países, além de reter as locais. O setor de serviços, em especial o turismo, é outra uma aposta da Acic. A região, que conta com belezas únicas no mar e na serra, tem condições de ampliar a recepção de visitantes.

Transição energética justa

Um tema relevante para a economia da região que tem recebido atenção nacional é a continuidade ou não da atividade de exploração do carvão mineral para gerar energia. Segundo o presidente da Acic, a mudança na lei, que permitiu uma transição até 2040, aprovada no final do ano passado, possibilitará ao setor se adaptar, o que não seria possível com o prazo anterior, até 2027.

Ele informa que o setor está pesquisando alternativas para o sequestro de carbono das emissões de usinas térmicas ou outras instalações com carvão. Uma das pesquisas é feita dentro da Satc. O mundo inteiro investe com esse objetivo.

Continua depois da publicidade

– Precisamos desse tempo até 2040 para provar se vai ter tecnologia para a redução de emissões de carbono. Se tiver, ok! O setor até poderá continuar. Se não tiver, outros negócios vão entrar em substituição – destacou Zanette.

Segundo ele, essa transição também será necessária para concluir a despoluição da região. Da parte que cabe às empresas, resta ainda perto de 500 hectares e os serviços estão evoluindo. O total poluído era de 5 mil hectares. A metade já foi recuperado. Além da parte do setor privado, a União e a siderúrgica CSN têm que despoluir 1 milhão de hectares cada.