O ecossistema de inovação de Santa Catarina abre mais oportunidades em ações conjuntas com o setor produtivo, universidades e o setor público, se fortalecendo na diversidade econômica. Uma prova disso foi a inauguração, na última semana, do Centro de Inovação Acate Deatec (CIAD), uma parceria entre o Polo Tecnológico do Oeste Catarinense e a Associação Catarinense de Tecnologia (Acate). A região Oeste conta com quase 1.300 empresas de tecnologia que no ano passado faturaram R$ 918 milhões. Segundo o presidente da associação, Iomani Engelmann, o polo tecnológico de Chapecó tem conseguido avançar em parceria com grandes empresas e universidades, no desenvolvimento de soluções necessárias para a região, o que é muito bom. O centro de inovação do município foi o primeiro do Estado construído em projeto compartilhado entre a Acate o polo regional. Outras regiões do estado estão no mesmo caminho, observa o empresário.
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Com o avanço de empresas de tecnologia e inovação em diversas regiões do estado, a Acate vê um fortalecimento geral do ecossistema estadual, cada um com uma vocação maior às suas regiões. O presidente da associação, destaca o Ágora Tech Park, em Joinville, e uma parceria com a Acate e Softville parecida com o que acontece em Florianópolis.
– Temos em Florianópolis a incubadora Miditec, que é a quinta melhor do mundo. Estamos expandindo junto com a Softville, uma unidade em Joinville, junto com o Ágora. Estamos bem entusiasmados em poder cooperar com a região Norte, do Estado, que tem uma vocação econômica mais voltada à indústria. A gente acredita que é uma receita acertada: universidades, grandes empresas e um centro de inovação. Esperamos que Joinville se fortaleça ainda mais – diz o presidente da Acate.
A associação está fazendo acordo também com o centro de inovação de Blumenau. Conforme Engelmann, a Acate está feliz com a parceria em Blumenau porque, historicamente, é um ecossistema muito forte. A entidade espera que após a inauguração do centro de inovação, ela consiga uma parceria para ter uma participação local.
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A Acate está atenta também aos avanços dos centros de inovação de Tubarão e de Itajaí. Conforme Engelmann, há um polo de empresas em Tubarão que deseja avançar em pesquisa e desenvolvimento de tecnologias para a saúde.
Além da difusão do trabalho da Acate em centros de inovação, o presidente da entidade está atento à falta de pessoal qualificado no mercado. Ele estima que em toda Santa Catarinao setor de TI tem cerca de mil vagas abertas. A empresa dele, por exemplo, tem mais de 35 abertas. Por isso vê como referências dois projetos de formação para o setor: o Entra 21, da prefeitura de Blumenau, para formar profissionais que queiram migrar para o setor de tecnologia; e o DevinHouse, da Acate, Senai/SC e Softplan. Para a primeira turma, 800 disputaram 40 vagas. São modelos que podem ser replicados.