Ao participar da abertura do festival da 7ª Vindima de Altitude, sexta-feira à noite, em São Joaquim, onde liberou R$ 9,6 milhões para investimentos na região serrana, o governador Carlos Moisés aproveitou para conhecer mais sobre os vinhos da região e o potencial do enoturismo.
Continua depois da publicidade
No evento, foi recebido pelo presidente da Vinhos de Altitude Produtores Associados, José Eduardo Bassetti; o prefeito de São Joaquim, Giovani Nunes; a deputada Carmen Zanotto e outras autoridades. Participou de brinde coletivo e esteve em estandes da mostra.
No sábado, o governador visitou a Vinícola Pericó, dos empresários Diego Censi, Carlos Bogo e Gauthier Gheysen. Na propriedade, que estreou o enoturismo nesta vindima, ele esteve acompanhado de alguns secretários e executivos do governo, conheceu vinhedos, falou para visitantes no mirante da vinícola e almoçou. Durante essa visita, ele falou comigo sobre o potencial da vitivinicultura, estradas da região e contou que já elaborou vinhos.
Potencial do enoturismo
“O que a gente observa aqui na nossa Serra Catarinense é que ela reúne a beleza natural e terroir distinto. A gente consegue fazer produtos únicos no Brasil pela indicação geográfica. É uma região com potencial gigantesco. Temos um clima com gradiente de temperatura que vai do frio ao calor em 24 horas. Isso propicia um produto único. Além disso, é um campo inexplorado. Temos muitos espaços ainda que podem abrigar vinícolas na região. Eu costumo dizer que a vitivinicultura aqui é em Santa Catarina é uma oportunidade porque, normalmente, a gente instala em regiões com baixo IDH, pouco desenvolvidas. Pode ser um atrativo turístico, gerar emprego e renda e fazer desenvolver essas regiões porque no entorno dessas regiões vão surgindo atividades paralelas como hospedagem e outras oportunidades econômicas”.
Continua depois da publicidade
Criatividade
“O catarinense é criativo. Temos aqui produtos que não são repetidos em outros lugares do Brasil e do mundo. Por exemplo, fazer vinho branco com uvas tintas sem filtrar. Estão recriando processos naturais dos primórdios, que se tornam produtos únicos, com garrafas numeradas. O potencial é muito grande. O Estado é parceiro da atividade, quer fomentar não só através do desenvolvimento do turismo.
Acesso às vinícolas
“O prefeito de São Joaquim, Giovani Nunes, tem colocado para a gente que há dificuldades de acesso às vinícolas. O Estado quer ser parceiro nisso. É claro que a gente precisa de oportunidade de caixa para apoiar, mas está no nosso radar fazer parcerias com os municípios para tornar o atrativo turístico mais agradável, para as pessoas poderem chegar com segurança até as vinícolas”.
Mirante na Serra
“Temos em Bom Jardim da Serra a oportunidade de construir um mirante na Serra do Rio do Rastro. A gente está construindo o termo de referência e os editais para fazer um chamamento público, numa parceria público-privada, para conceder aquela área. O Instituto do Meio Ambiente já liberou e temos investidores interessados. O edital será público e qualquer investidor poderá participar. Será uma plataforma de vidro onde as pessoas poderão visualizar a Serra de uma maneira mais tranquila. Também faremos um esforço para melhorar a sinalização das rodovias para chamar a atenção dos turistas. Para isso, vamos envolver a participação da Secretaria de Infraestrutura”.
Apreciador de vinhos
“Sim! Sou metido, né! Já fiz bastante coisa. Sou cervejeiro artesanal. Já fiz vinho branco, vinho tinto. Comprei uvas da serra catarinense e da serra gaúcha. Também fiz hidromel, uma bebida a partir da fermentação do mel e fiz bebidas destiladas. Eu sou meio alquimista. Gosto um pouco dessa transformação do uso de leveduras, do que tem na natureza que a gente não enxerga, mas que trabalha para o ser humano. A parte de queijos também acho fantástica. Acho que temos muitas oportunidades aqui. O pessoal que trabalha com queijo serrano, fruticultura. Temos grande potencial e o Estado vai ser parceiro para desenvolver essas atividades”.
Continua depois da publicidade