Vinícolas catarinenses iniciam a 8ª Vindima de Altitude – festa da colheita da uva – dia 4 de março, no Parque da Maçã, em São Joaquim, Serra Catarinense. Dezesseis empresas do município e região vão expor vinhos, espumantes e oferecer degustações na sexta, sábado e domingo, começando à tardinha. Depois, a festa vai continuar nas vinícolas até o fim do mês. Entre as novidades, estarão expostos os primeiros rótulos de vinhos de altitude com a identificação geográfica da região.
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A 8ª Vindima de Altitude foi lançada na noite de quinta-feira (17), na sede do Sebrae-SC, em Florianópolis, com a presença de autoridades do Estado, organizadores e vitivinicultores. O presidente da Vinhos de Altitude Produtores Associados, Humberto Conti, informa que a expectativa é de receber cerca de 200 mil visitantes durante todo o evento, mesmo número da vindima de 2019, antes da Covid. Ele explica que a projeção é otimista porque o vinho foi um dos produtos que registraram maior crescimento de consumo no Brasil durante a pandemia: 50%. O consumo per capita subiu de dois litros/ano para três litros/ano.
A região sentiu esse impacto, com crescimento de 30% das vendas em 2020 e de mais 20% em 2021. Diversas vinícolas de SC não têm todos seus produtos atualmente porque venderam acima do esperado. Algumas, pelo baixo estoque, nem vão participar da Vindima porque precisam reservar para o enoturismo que desenvolvem o ano todo.
A propósito, em função da Covid, que reduziu as viagens internacionais, a região recebeu muito mais turistas de todo o país, para conhecer o “terroir” dos vinhos catarinenses.
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A programação da Vindima inclui apresentações musicais no parque, que começa às 18h dia 4 e segue nos dias 5 e 6 a partir das 16h. Após o evento coletivo, a festa segue nos demais dias do mês nas vinícolas, em especial nos finais de semana, com almoços e jantares harmonizados, venda de produtos e outras atrações.
– Nosso plano, para facilitar para os turistas que fazem degustações, era colocar vans para transporte entre as vinícolas. Mas em função da continuidade da pandemia, isso não foi possível – observou Conti.
Além de ser uma das mais belas do Brasil pela exuberante natureza, a Serra Catarinense começa a ganhar mais projeção nacional e internacional pelos seus produtos com identificação geográfica, concedida pelo Instituto Nacional de Propriedade Industrial.
De acordo com o analista técnico do Sebrae-SC, Alan Claumann, mestre em agronomia, responsável pelas áreas de turismo e indicação geográfica (IG) da instituição, a Serra de SC concentra o maior número de identificações do Brasil numa única região. São quatro: vinhos de altitude, mel de melato da bracatinga, maçã fuji e queijo serrano. Esse é um trabalho desenvolvido em parceria com os produtores, Sebrae, Epagri e Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).
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As vinícolas que vão participar do evento coletivo são a Villa Francioni, D’Alture, Vivalti, Fatoria São Joaquim, Monte Agudo, Leone Di Venezia, Villaggio Bassetti, Villaggio Conti, Villaggio Grando, Zanella Bachi, Quinta da Neve, Abreu Garcia, Santa Augusta, Pericó, Terra do Sol e Suzin.
Com 300 hectares plantados, a região deverá elaborar nesta safra 1,8 milhão de garrafas frente a 1,5 milhão na safra anterior. A produção é pequena, com foco em qualidade.