Apesar das instabilidades do mercado interno, Santa Catarina fechou o mês de abril com o maior crescimento econômico do país, segundo o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBCR-SC), considerado uma prévia do Produto Interno Bruto (PIB). O Estado cresceu 2,9% frente ao mês anterior, abril, enquanto a média nacional foi uma alta de 0,6% nessa mesma comparação.
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O indicador é acompanhado pelo Observatório Fiesc, da Federação das Indústrias de Santa Catarina, que apurou alta maior da indústria e da agropecuária no período, o que puxou para cima o resultado do Estado. O indicador considera principalmente a oferta, com destaque para os dados econômicos mensais do IBGE.
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A indústria teve em abril crescimento de 1,1% frente ao mês anterior, março, na série com ajuste sazonal. Entre os setores que mais cresceram esteve o da borracha e plástico, com alta de 6,8% em abril. Também avançaram as indústrias de alimentos, máquinas e equipamentos e veículos.
Também foi positivo o setor de alimentos, que cresceu 2,4% frente ao mês anterior. Segundo o Observatório, foi registrado avanço no abate de aves e suínos e, também, nas safras de grãos como soja, milho, arroz, feijão, aveia e trigo. O clima favorável tem ajudado numa safra maior compensando preços menores como os da soja e milho frente aos do ano passado.
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O comércio e os serviços tiveram resultados negativos no mês, mas não o suficiente para afetar o IBCR. O varejo ampliado caiu 0,3% em Santa Catarina no mês de abril frente a março. Entre os produtos que tiveram mais queda de vendas em abril estão os têxteis, materiais de construção, móveis e eletrodomésticos. O setor de serviços também enfrentou situação difícil em abril, com retração geral de 3,5% frente ao mês anterior, após altas de 6,4% e de 1,6%, nos meses anteriores, na mesma comparação.
– A produção industrial catarinense se destaca por sua importante contribuição para a economia brasileira, que lidera o crescimento da atividade econômica em abril, seguida pelo Pará, Bahia e Espírito Santo. Esse rendimento demonstra a importância da diversidade produtiva catarinense para a manutenção do crescimento econômico. Além disso, o desempenho está relacionado à qualidade dos produtos, à competitividade industrial e à forte integração internacional – comentou Mario Cezar de Aguiar, presidente da Fiesc em publicação da entidade.
Graças à diversificada e dinâmica economia, Santa Catarina, tem conseguido, com frequência expressiva, liderar o crescimento da atividade econômica entre seus pares no país. A expectativa é de que o ritmo da economia do Estado se acelere no segundo semestre em função da melhora do cenário, com a aprovação do arcabouço fiscal e da reforma da Previdência.
A queda da inflação e a redução esperada dos juros, apesar de tímida, vão ajudar os resultados semestrais. O que preocupa é a inadimplência do consumidor que avançou com a inflação e a taxa Selic elevadas.
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