A mudança de diretoria no Joinville não livrou o clube do seu principal problema nos últimos anos: os erros nas contratações. Além do desempenho em campo — que dá uma boa noção do trabalho realizado pelo departamento de futebol —, o JEC reforça, com números expressivos, como continua errando. Basta analisar as contratações da atual temporada.

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Ao todo, foram 22 nomes trazidos para jogar o Campeonato Catarinense, Copa do Brasil e Brasileiro da Série C. Destes 22, 12 já foram embora — ou seja, o próprio clube admite que mais de 50% de suas contratações não deram certo. Some a isso o fato de o Tricolor estar na zona de rebaixamento da Série C — pior resultado dos últimos anos.

Evidente que não se deve ignorar o fato de que houve duas gestões e a de Jony Stassun contratou 10 atletas enquanto a de Vilfred Schapitz trouxe 12. Mas mesmo nos dez anteriores, já havia diretores da atual gestão acompanhando o trabalho de Carlos Kila.

A coluna citou em diversas ocasiões que, num clube com tantas dívidas como o JEC, quanto maior for o número de erros nas contratações, pior será o saldo. Não só dentro de campo, mas também no acúmulo de prejuízos financeiros em todos os setores. O efeito cascata inviabiliza o aproveitamento saudável das receitas de patrocinadores, por exemplo, e afasta o torcedor, decepcionado com os resultados ruins.

Só resta aos tricolores torcer para a queda não ser confirmada. Caso contrário, as dívidas irão aumentar e será ainda mais complicado acertar em algo primordial para o crescimento do clube.

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