O Joinville tem pouco tempo, mas ainda não definiu seu novo treinador. Desde o começo da tarde desta segunda-feira, o Tricolor está sem comando depois que confirmou a demissão de Márcio Fernandes. Logo após a decisão, o presidente Vilfred Schapitz esteve reunido com conselheiros e, mais tarde, com outros diretores para buscar uma solução.

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Um nome que agrada é o do uruguaio Sergio Ramirez. Ele é considerado uma opção dentro da realidade do Joinville e identificado com o clube. Ramirez teve três passagens como técnico do JEC, na última interinamente enquanto trabalhou como coordenador técnico. No momento, trabalha na base do Guarani de Palhoça.

A sugestão é boa, mas em conversa com a coluna Ramirez revelou que está numa condição estável e segura na base do Guarani de Palhoça.

Para bom entendedor, o recado está dado: oficialmente, Ramirez diz que ficaria no Bugre. Se o Joinville tivesse um plano consolidado para ele, seguro, com estabilidade (técnico agora e outra função no futuro), talvez ele pensasse. No entanto, nem a proposta chegou, muito menos o plano. Assim, fica difícil convencê-lo. Na verdade, fica difícil de convencer qualquer profissional. Isso explica o porquê de Márcio Fernandes ter demorado tanto para chegar.

Na realidade, o Joinville não tem hoje alguém com capacidade e criatividade para dar um telefonema capaz de convencer Ramirez, por exemplo. A propósito: quem faz isso hoje?

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Esta ausência explica muitas coisas. Se o outro lado da conversa não se convence, nada acontecerá.

Demorou

Estava claro, desde a derrota em casa para o Operário-PR, que o técnico Márcio Fernandes não tinha mais capacidade de extrair algo do JEC. Para piorar, na maioria das entrevistas ele responsabilizava os jogadores – afirmava que tudo era trabalhado, mas não conseguia respostas.

Se isso ainda não bastasse, afirmou, na semana passada, que os adversários perderam o respeito pelo Joinville. Isso não é algo que se deva dizer – pega mal internamente e externamente.

A demissão já deveria ter acontecido na semana passada. Talvez, o Tricolor pudesse ter evitado o vexame de Cuiabá. Com Márcio Fernandes, estava claro que nada aconteceria.

O interino

Pedrinho Maradona, técnico do sub-20, por enquanto, será o comandante do JEC. Se permanecer até o jogo de domingo, o Tricolor cometerá um grande erro. Primeiro, porque o momento é péssimo para alguém do sub-20 assumir a equipe principal. É preciso um profissional com mais experiência e capacidade para tentar tirar o grupo da lama.

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Além disso, na categoria júnior, Pedrinho acumula números muito ruins, bem piores do que de seu antecessor, Julian Tobar. Em dez jogos, sofreu sete derrotas, conseguiu apenas um empate e duas vitórias. O saldo foi a última colocação no Estadual Júnior – algo terrível para um departamento que se propôs a fazer melhor do que seus antecessores.