Derrota expõe problemas do JEC

O Joinville terminou a partida contra o Avaí com sete jogadores da base. Com o resultado adverso, Rogério Zimmermann optou por lançar no jogo Jean Felipe, Breno e Marlyson. Antes, já estavam em campo Matheus, Gustavo, Eduardo Person e Madson. Esta situação mostra um pouco da diferença entre o Tricolor e o Leão no jogo.

Se de um lado, sobrava experiência com Aranha, Betão e Marquinhos – fora outros atletas como Rômulo, jovens, mas que já jogaram a Série A – do outro o JEC caiu e não teve poder de reação justamente por contar peças incapazes de jogar de igual para a igual contra a equipe da Capital.

O diagnóstico é de que o elenco é ainda carente. Ou seja, caberá ao departamento de futebol buscar as soluções para a Série C. Já foram feitas dez contratações, mas, no apuro, a solução é a base. Neste domingo, foram substituídos Murilo Rangel, Michel Schmöller e Elias, todos do pacote de contratações. Estavam no banco o goleiro Emerson, o volante Renan Teixeira e o lateral Helder. Nenhum deles foi utilizado.

A situação piora se avaliarmos que os dois gols do Avaí foram marcados pelo lado direito da defesa do JEC – gols de bolas paradas, com faltas em origem no lado direito. Quando entrou em campo, o Joinville somava cinco dos 12 gols sofridos no ano em jogadas pelo lado direito da defesa. Quem joga pelo lado direito é Dick, outro contratado, que pouco ajudou ofensivamente até o momento e tem problemas sérios defensivamente.

Concluindo, algumas escolhas não fizeram sentido. Jean Felipe era a melhor opção do JEC para ser lançado na primeira troca? Um atleta que só atuou numa partida no Catarinense? Rogério Zimmernann explicou que parte disso é necessidade. Indiretamente, admitiu que não tinha opções. Ou colocou a culpa na diretoria, por orçamento, ou no próprio superintendente que fez dez contratações.

Em resumo: o Joinville precisa reavaliar com urgência o trabalho do departamento de futebol. A Série C está aí e, no momento, o JEC parece longe de estar pronto para ela.