O efeito suspensivo conquistado na tarde desta quinta-feira pode livrar apenas momentaneamente a Arena Joinville de interdição. Na próxima semana, uma vistoria da Polícia Militar ameaçará o estádio de interdição novamente. E esta é a grande preocupação da direção do JEC.
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Na justiça desportiva, o Joinville não deve encontrar problemas – o efeito suspensivo vale até o julgamento no pleno do Tribunal de Justiça Desportiva (TJD-SC) e, mesmo derrotado nesta audiência, o clube ainda pode pedir outro efeito suspensivo e levar o caso a julgamento no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), onde as chances de êxito serão maiores.
O problema mesmo é a vistoria realizada para liberar a Arena para as disputas do Campeonato Catarinense. Normalmente, ela acontecia em janeiro. No entanto, no ano passado, a pedido do Fluminense, que disputou a Série B do Catarinense, uma nova vistoria foi realizada em maio. E foi justamente nesta vistoria de maio de 2017 que começaram a surgir as polêmicas solicitações.
Na ocasião, a PM exigiu o aumento das grades das arquibancadas para 2,10m. O caso se prolongou, houve acertos políticos e os pedidos foram esquecidos. Um ano se passou e a vistoria em vigência é aquela, feita em maio de 2017. E este laudo vencerá no dia 26 deste mês.
Paralelamente a proximidade do término da validade da vistoria de 2017, aconteceu a confusão do jogo JEC e Figueirense, que provocou a PM a exigir mais uma vez o aumento das grades.
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Primeiro, tentou a interdição via TJD, após o e-mail do presidente da Comissão Permanente de Futebol da Polícia Militar de Santa Catarina, o tenente Sandro Cardoso da Costa. Ele enviou mensagem à procuradoria especializada do tribunal, relatando omissão dos joinvilenses. O TJD decidiu reabrir o caso.
O auditor-relator, o coronel Claudio Roberto Koglin, comandante da 3ª Região de Polícia Militar, conduziu o processo e, obviamente, foi peça-chave na determinação da interdição da Arena, via TJD. A alegação é de que houve omissão por parte do Joinville diante dos vários pedidos da PM.
A interdição via TJD, na verdade, mostrou apenas o caminho que será percorrido. Era de conhecimento de todos que a esfera judicial esportiva não favorecia a PM e poderia ser facilmente derrubada.
No entanto, por tudo o que aconteceu nesta semana, a tendência aponta para um novo pedido de interdição após a vistoria que ocorrerá na próxima quinta-feira (dia 17), na qual será constatada que não houve o aumento das grades.
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Oficialmente, o Joinville não fala do assunto para não alimentar o caso. Nos bastidores, o clube se movimenta para buscar uma solução antes que o problema volte a acontecer. Em resumo: a novela da Arena Joinville com a PM terá novos capítulos nos próximos dias.