A segunda safra da Piwi foi colhida e a expectativa é que logo esteja disponível aos produtores catarinenses.

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Variedades de uvas resistentes a doenças estão sendo testadas na Estação Experimental da Epagri, em Videira, e prometem revolucionar o mercado da vitivinicultura no Estado. Hoje, as uvas mais comuns produzidas em Santa Catarina, como Cabernet Sauvignon, Merlot, Chardonnay e Pinot Noir, são muito suscetíveis a doenças ocasionadas por fungos. Por isso, desde 2013 a Epagri vem estudando formas de produzir uvas mais resistentes. A segunda safra de uvas Piwi foi colhida e a expectativa é que logo essa variedade esteja disponível aos produtores catarinenses. 
Segundo a Epagri, por ser mais resistes a doenças, a uva Piwi diminui os custos e impactos ambientais, preserva a saúde de quem lida com o cultivo e, consequentemente, eleva a sustentabilidade deste sistema produtivo. 
– Após duas safras é possível identificar algumas variedades com potencial para o Estado, principalmente as brancas, para fabricação de vinhos e espumantes. Isso porque elas são bastante produtivas, apresentam maturação adequada e vinhos com características interessantes, além da alta resistência ao míldio da videira, a principal doença da cultura – explica André Luiz Kulkamp de Souza, pesquisador em fitotecnia de plantas frutíferas.
 O projeto é desenvolvido pela Epagri em parceria com a Universidade Federal de Santa Catarina e apoio do Instituto Agrário de San Michele all’Adige, na Itália, e do Instituto de Melhoramento Genético da Videira, da Alemanha.
Além de Videira, no Meio-Oeste as novas variedades são em teste em Água Doce, São Joaquim, Curitibanos e Urussanga.

Melhoramento genético

O nome “Piwi” é um termo alemão utilizado para caracterizar um grupo de variedades de uvas obtidas nos últimos anos por meio do melhoramento genético. Segundo a Epagri, é feito o cruzamento de variedades viníferas com espécies selvagens, ou seja, é a mistura da uva para produção do vinho com a uva de mesa.

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