A operação chamada de “Finita Servus” foi deflagrada da manhã desta sexta-feira (07), em São Joaquim, na região Serrana de Santa Catarina e também no município de Santa Inês, no estado do Maranhão, pela Policia Federal. A suspeita é que pessoas do Maranhão que foram contratadas para trabalhar na colheita da maça em São Joaquim teriam vivido situações semelhantes à de escravos. Os trabalhadores já estão no Maranhão, onde fizeram a denúncia.

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Foram cumpridos pela Polícia Federal de Lages dois mandados de busca e apreensão em São Joaquim, em uma casa de um dos investigados e também em uma cooperativa de maça. Documentos foram apreendidos e agora busca saber a identidade dos atravessadores, que são os responsáveis pelas contratações dos trabalhadores.

De acordo com a Policia Federal do Maranhão, na denúncia consta que essas pessoas tinham promessa de trabalho, com alojamento e alimentação pagos pela empresa contratante. Mas ao chegar a São Joaquim para trabalhar eles foram obrigados a morar em alojamentos precários, sem condições mínimas para viver, e tiveram parte do salário e dos documentos retidos pelos empregadores com a justificativa de pagamento pelas despesas.

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Por isso, os investigados poderão responder pelos crimes de colocar alguém em condição análoga à de escravo e de tráfico de pessoas. As penas somadas podem chegar a16 anos de reclusão e multa. A operação está sendo conduzida pela Polícia Federal do Maranhão com apoio da Policia Federal de SC. Dados da Divisão de Fiscalização para Erradicação do Trabalho Escravo mostram que 20% dos trabalhadores resgatados em situação análoga à escravidão no país são naturais do Maranhão.

A operação foi chamada de “Finita Servus”, por ser um termo oriundo do Latim utilizado no Império Romano indicando o fim da escravidão.