O resgate aconteceu em uma operação do Ministério do Trabalho e Policiais Rodoviários Federais. 22 trabalhadores estavam em Bom Retiro para a colheita da cebola e se encontravam em condição análoga à de escravo. Todos estavam alojados em uma única casa com três quartos, sem condições de higiene e conforto.
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Segundo os auditores fiscais tinha lixo acumulado por todo o local e graves problemas de infiltração, a água da chuva invadia os cômodos e misturava-se com à sujeira, atingindo os colchões e pertences dos trabalhadores. Além disso, os 22 homens não tinham acesso a água potável e filtrada e as instalações sanitárias eram precárias. Todos eles foram recrutados no Estado do Piauí para prestar serviços aos produtores de cebola da região, sem prévia comunicação ao Ministério do Trabalho e sem Carteira Assinada.
– Queriam sair do local, mas ao mesmo tempo não tinham dinheiro. Não tem correntes, mas estão presos a uma situação de superlotação, neste caso pela questão espacial. A distância é muito grande da moradia deles – explica o Chefe de Segurança e Saúde no Trabalho, Pedro Henrique Maglioni da Cruz.
Os trabalhadores foram levados para um hotel na região, enquanto aguardam a conclusão dos procedimentos de resgate e o pagamento das verbas rescisórias. Já o aliciador e os produtores podem pagar multa e cair na lista suja do Ministério do Trabalho. O golpista foi ouvido pela polícia e deve responder por crime de aliciamento. A suspeita é que outros aliciadores estejam atuando na região. Há denúncias de que trabalhadores estariam sendo pagos com drogas, especialmente crack, o Ministério do Trabalho apura essa situação.
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