Um servidor da comarca de Joaçaba, no meio oeste, é suspeito de desviar da justiça catarinense mais de R$ 1,3 milhão, entre os anos de 2014 e 2018. Ele trabalhava no fórum em Joaçaba há 40 anos e foi afastado do cargo por 60 dias. O funcionário da justiça não teve o nome divulgado. Ele está preso preventivamente na sede do batalhão da Polícia Militar em Herval do Oeste.
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Conforme a publicação no Diário da Justiça Eletrônico, na última sexta-feira (07), foi instaurado um processo administrativo disciplinar contra o servidor de iniciais P.H.F. O motivo é que ele teria usado alvarás judiciais para o processamento de depósitos judiciais, sem autorização do juiz. A beneficiária, em todos esses depósitos era a enteada dele. Onde o servidor tinha acesso à conta bancária e sacava o dinheiro desviado.
Esses depósitos judiciais são feitos pelo devedor, por exemplo, em processos de indenização para garantir que a divida seja paga.
Nesse caso, os valores retirados pelo servidor, segundo as investigações, eram de R$ 100,00 até R$ 100 mil de processos que estavam em andamento na comarca de Joaçaba. Uma fraude que foi descoberta por acaso, por uma servidora que estava substituindo o investigado.
Os valores que saíram desses processos serão ressarcidos pelo Tribunal de Justiça, segundo o juiz da Comarca Fabricio Rosseti.
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O servidor também teve bens apreendidos para garantir o pagamento da indenização caso a fraude seja comprovada.
Uma comissão interna foi criada em Florianópolis para investigar o fato. O servidor pode, inclusive, ser demitido. A enteada do servidor também será investigada para saber se tinha participação no esquema. O prazo pra conclusão dessas investigações é de dois meses.