A federalização da rodovia chamada de Caminhos da Neve compreende 161 quilômetros de estradas que ligam a Serra Catarinense e a Serra Gaúcha. O caminho reduz em 120 quilômetros a distância entre os dois Estados. A medida aprovada no senado agora precisa passar pela sanção do presidente da república para valer. Pelo Projeto de Lei da Câmara (PLC) 58/2016, a rodovia passa a integrar as rodovias do Sistema Rodoviário Federal, por isso a construção, manutenção, operação e administração da infraestrutura rodoviária ficam a cargo do governo federal. A expectativa é que as obras de revitalização, aguardadas há anos possam ser viabilizadas com recursos federais.
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Hoje, em Santa Catarina o trabalho é realizado pelo 10º batalhão rodoviário. Até agora dos 29,4 quilômetros, previstos para serem pavimentados em solo catarinense, 15 foram concluídos, um investimento de R$ 24,8 milhões. Com a federalização, o trabalho passa a ser realizado pelo Departamento Nacional de Infraestrutura e Transportes (DNIT), o órgão ficará responsável por terminar a pavimentação da rodovia, que ainda tem trechos de chão batido e pela construção da ponte sobre o Rio Pelotas, que hoje é bem precária.
Escoamento da maçã
Essa rota é utilizada, principalmente, por produtores para escoar a produção de maça entre os dois Estados. Por conta das condições precárias, poucos turistas se arriscam passar por ela. O projeto é do deputado Alceu Moreira (PMDB-RS) e teve parecer favorável do relator, o senador Dário Berger (PMDB-SC). O percurso em questão começa no entroncamento com a BR-285, na cidade gaúcha de Bom Jesus, atravessa a divisa entre o Rio Grande do Sul e Santa Catarina, passa pelas cidades catarinenses de São Joaquim e Urubici e continua até o entroncamento com a BR-282, a nove quilômetros de Bom Retiro (SC).
— Não serão poucos os benefícios culturais, sociais e econômicos resultantes da implantação da rodovia”, devido ao potencial turístico inestimável da região, repleta de cânions, rios e natureza exuberante — afirma Berger.
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