Já são quase cinco meses de pandemia e de cobertura diária sobre a Covid-19. Dia após dia vemos o número de casos e mortes aumentar no nosso país, no nosso estado, na nossa região e na nossa cidade. Cada vez mais os números estão se transformando em pessoas conhecidas, amigos e famílias. Nesta sexta-feira (07), no Jornal do Almoço, ao noticiar a morte de um casal, que morava de Otacílio Costa, não contive a emoção. 

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Não conhecia os dois, mas a história me comoveu muito, foram três filhos e uma neta que ficaram órfãos de pais e avôs. Foi difícil pensar na dor dessas pessoas e de tantas outras que perderam entes queridos para esse vírus da Covid-19, enquanto tantas irresponsabilidades estão sendo cometidas. 

O sentimento que estava engasgado em mim transbordou, cheguei no meu limite dessa cobertura intensa, mas necessária. A intenção não era essa, mas somos seres humanos, temos sentimentos sim. Ao vivo é ainda mais difícil segurar a emoção, quando ela vem não tem jeito, é mais forte que nós. 

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Tive muito apoio dos colegas de trabalho e das pessoas que me acompanham, e isso mostrou que não precisava sentir vergonha da minha “fragilidade”, afinal foi verdadeira. A editora chefe do Jornal do Almoço, Luciana Corrêa, disse uma frase que me fez repensar:

— Quando a gente não consegue segurar, o jornalismo chora junto. 

Acredito que esse seja o sentimento de muitos jornalistas, todos estamos trabalhando incansavelmente contra um inimigo desconhecido. Não, nós não gostamos de noticiar tragédias, mas precisamos, é nosso dever e missão. 

O pedido para se cuidar, usar máscara, não aglomerar, se prevenir é para que essas vidas, as vidas das pessoas que amamos não sejam perdidas na guerra contra a Covid-19. 

Seguimos na luta esperando que mais pessoas se conscientizem para o problema, e com esperança isso acabe logo para que possamos respirar mais aliviados. 

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Por enquanto, faço o mesmo pedido que fiz na TV, cuide-se por você e por quem você ama.

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