Em torno de 130 pessoas, entre estudantes, professores e pessoas da comunidade protestaram ontem para pedir mais segurança na região do entorno do campus da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc), em Lages. A queixa é de casos de assédio.

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A Polícia Militar  prometeu reforçar rondas nas imediações.

 Segundo as jovens mulheres, nas duas últimas semanas os casos têm aumentado. Elas relatam que todo dia ao menos uma estudante é vítima desse tipo de crime. Em uma das ocorrências relatadas, uma estudante parou para amarrar o tênis e foi surpreendida por um homem que tentou agarrá-la.

Em outro caso, uma aluna do curso de veterinária foi seguida por um homem, por volta das 14h, a caminho da universidade. As mulheres dizem estar com medo de caminhar no bairro Conta Dinheiro, onde os casos vêm sendo registrados.

 – É uma sensação de insegurança. Se você busca a independência, como vai conseguir se não pode ir para a faculdade à luz do dia – lamentou a estudante.

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Na mobilização – na véspera do Dia Internacional da Mulher – as universitárias vestiram roupas pretas e seguraram cartazes pedindo o fim do assédio e mais respeito. As jovens chegaram a criar uma página em rede social, chamada “Coletivo feminino”, para debater o assunto. Elas dizem que boletins de ocorrências foram registrados na delegacia. A Polícia Militar, porém, informou que só teve conhecimento dos casos depois da manifestação.

De acordo com o último levantamento feito pelo Mapa da Violência, em 2015, Lages está entre as 17 cidades brasileiras com maior índice de violência doméstica.

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