A Polícia Civil da Serra deflagrou uma operação na manhã desta sexta-feira (25) contra suspeitos de envolvimento em uma quadrilha que furtava e vendia carros. Cinco pessoas foram detidas em Lages, e a suspeita é que de que furtavam e adulteravam carros, que depois eram vendidos em Lages e Caxias do Sul, no Rio Grande do Sul.

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A prática já acontecia há dois anos. Entre os presos está um policial civil de Lages, que foi afastado das funções e será encaminhado para a Capital, onde vai ficar preso em uma cela da Diretoria Estadual de Investigações Criminais (Deic).

O agente é suspeito de usar o sistema da polícia para falsificar as informações dos veículos. Vai responder um procedimento administrativo e pode ser exonerado do cargo.

— Ele usava o sistema de segurança Pública para praticar muitos dos crimes. Consultar, inserir informações falsas, monitorar procedimentos que ele tinha acesso pra poder dar informação privilegiada para os demais membros da organização criminosa — explica o delegado da Divisão de Investigação Criminal de Lages, Sérgio Roberto de Souza.

Os outros presos foram levados para o Presídio Masculino de Lages. São pessoas ligadas ao ramo de veículos, com oficinas e garagens para a venda. Todos eles já tinham passagens policiais.

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Um dos membros é considerado, pela polícia, o maior autor de furtos em residências de Lages e já estava detido desde setembro de 2018. Todos vão responder por furto, roubo, organização criminosa, formação de quadrilha, adulteração de sinal identificador de veículo e corrupção ativa e passiva.

Durante a operação foram apreendidas armas curtas e longas, munições e R$ 31.491,00 em dinheiro. As investigações começaram há um ano. Segundo a polícia, desde 2017 a quadrilha agia em SC e no RS. Nesse período 11 veículos foram furtados e adulterados. Nove deles foram recuperados. Agora, a polícia busca saber se os compradores sabiam do esquema. Eles devem ser ouvidos.