Pelo menos metade da produção de maça do Brasil sai de Santa Catarina, o Estado é o maior produtor da fruta. Dados da Associação Brasileira de Produtores de Maça (ABPM) mostram que neste ano o país produziu 1,330 milhão de toneladas da fruta, gerando um faturamento de R$ 6 bilhões. É para garantir estes números e melhorar cada vez mais a sanidade das macieiras que o Comitê Interestadual de Sanidade de Pomáceas (Cisp) aprovou o plano de trabalho para os próximos dois anos. A intenção é garantir a segurança sanitária de pomáceas, ou seja, desenvolver ações que contribuam para a solução de problemas com pragas e doenças fitossanitárias, que acabam prejudicam as produções de maça, por exemplo.
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Para isso, técnicos do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul estão integrados na busca de captação de recursos para atendimento de situações sanitárias emergenciais, e na revisão da legislação e canais de comunicação e informação técnica entre entidades, produtores e sociedade.
— Temos o cancro europeu, que está presente no país; a Cydia Pomonella, que foi erradicada no Brasil, e o fogo bacteriano, existente em outros locais (exterior) e que exige uma vigilância constante das autoridades sanitárias. A nossa ideia aqui é aprovar o plano de trabalho e definir os principais limites de atuação de cada integrante do comitê — explica Yuri Ramos, gestor regional da Cidasc em Lages.
As reuniões para discutir os problemas e mostrar as soluções serão feitas duas vezes por ano, em março e novembro, com representantes das secretarias de Agricultura de Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul, técnicos de órgãos de pesquisa agropecuária e das associações de produtores.
— É um órgão independente e com ele queremos sugerir políticas públicas em busca de uma excelência na produção, fazendo com que o Cisp seja uma marca reconhecida nacionalmente e internacionalmente — comenta Moisés Lopes de Alburquerque, diretor-executivo da Amap.
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