Com a ocupação no limite nos leitos de enfermaria, pacientes da Serra Catarinense, começaram a ser transferidos para a região vizinha, Meio-Oeste. Hospitais com menores índices de ocupação estão dando esse suporte. Nesta semana, pacientes já foram transferidos para Santa Cecília, no hospital da cidade. A Serra abriu mais de cem leitos de enfermaria, nas cidades de Bom Retiro, Otacílio Costa, São Joaquim e Urubici, mas não tem sido o suficiente para atender a demanda.
Continua depois da publicidade
>>Decreto em Lages autoriza delivery em todas atividades econômicas
– Mesmo com todo o aumento de leitos que foram feitos nos últimos 15 dias, que são mais de 123 leitos de enfermaria, nós estamos sem leitos SUS Covid aqui na região. Tanto que nós estamos com mais de 20 pessoas, média dia, aguardando leito de UTI aqui na região serrana. – comenta o secretário.
>>Governo do Estado recorre à Justiça para ter comando sobre decisões de lockdown em SC
No fim de semana a primeira morte foi registrada no Centro de Triagem de Lages, uma pessoa que esperava vaga em UTI Covid. Nas redes sociais o Secretário de Saúde de Lages, Claiton Camargo tem relatado o cenário da pandemia na cidade. A situação preocupa porque o Centro de Triagem tem ficado lotado, com pacientes entubados, aguardando por leitos de UTI. Na noite desta segunda-feira (15) o secretário descreveu como “Cenário de Guerra”. Com todos os pontos de oxigênio ocupados, foi preciso emprestar respiradores da UPA e do Hospital Tereza Ramos para atender pacientes que precisavam de atendimento.
Continua depois da publicidade
>>Profissional de saúde mostra rotina atendendo pacientes na linha de frente da Covid-19
Situação preocupa no Meio-Oeste
A falta de leitos não é um problema exclusivo de uma região, em todas há pacientes com coronavírus aguardando por vagas nos hospitais. Nas redes sociais, o hospital Maicé, de Caçador alerta para o momento. Na nota diz que o hospital está em colapso eminente. Que foram abertos cinco leitos de UTI, mas todos foram ocupados de forma imediata. Diz que em um dia três pessoas morreram na unidade. E que o perfil dos pacientes está mudando, são cada vez mais jovens em estado grave. E pede para que as pessoas precisam entender que as novas cepas são mais transmissíveis e perigosas. Os cuidados precisam ser redobrados.